quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

'Paulo Barros é uma besta. O que ele fala não se escreve', diz Fernando Horta

'Eu não falei que não gosto dele. Só disse que não gostei do Carnaval dele deste ano', esbravejou o presidente da Tijuca

CAIO BARBOSA
Rio - E a troca de farpas entre o presidente da Unidos da Tijuca, Fernando Horta, e o carnavalesco da Mocidade Independete de Padre Miguel, Paulo Barros (ex-Tijuca), continua. Agora foi a vez de Horta retrucar a dura crítica do carnavalesco. "Paulo Barros é uma besta. O que ele fala não se escreve. Eu não falei que não gosto dele. Só disse que não gostei do Carnaval dele deste ano. Mas nunca disse que ele não é um grande artista. Ele é. Se não, não teria trazido para a Tijuca. Mas o que ele escreve não me interessa", esbravejou o presidente da Tijuca.
"Quem fez o Paulo Barros fui eu", dispara presidente da Tijuca
Foto:  Divulgação
'Quem fez o Paulo Barros fui eu', declara presidente da Unidos da Tijuca
"O mais importante não é o carnavalesco. Quem fez o Paulo Barros fui eu, como estou fazendo outros". Esta declaração saiu da boca do presidente da Unidos da Tijuca, Fernando Horta, após o desfile da Agremiação no segundo dia dos desfiles do Grupo Especial, nesta segunda-feira.
"Acho que ele (Paulo Barros) ficou chateado no ano passado porque começaram a dar o crédito somente a ele, mas o título é da escola", acrescentou Fernando, que ponderou: "Amanhã, se ele quiser voltar, tudo bem". Paulo Barros deixou a escola de samba no último ano e fez o Carnaval da Mocidade Independente de Padre Miguel neste ano.
Satisfeito com o desfile da escola, Fernando disse que a "Tijuca fechou seu Carnaval dando um chocolate", brincou o presidente com as toneladas do doce que foram arremessadas ao público na Marquês de Sapucaí. "Nossa ambição é o bicampeonato", disse.
Paulo Barros abusou da criatividade e originalidade em sua estreia pela Mocidade
Foto:  André Mourão
Outra que saiu com sentimento de satisfação do Sambódromo foi a rainha de bateria Juliana Alves. Segundo ela, a escola entrou na briga pelo bicampeonato.
"O desfile foi emocionante do início ao fim. Se tivesse que escolher algo mais especial dessa noite seria a reciprocidade do público conosco", disse.
Um suíço, identificado apenas como Bernhand, que desfilou numa ala com bandeiras da Suíça ao lado de outros três amigos suíços, disse: "É tudo muito maluco. São muitas pessoas. Tem hora que você vai rápido, outra devagar. Você tem que tentar dançar e no meu caso ainda fazer malabarismo com a bandeira, mas posso te dizer que foi uma experiência incrível".
Mesmo sem Paulo Barros a Agremiação trouxe surpresas para a Avenida. A pista de patinação de um carro alegórico, onde quatro patinadores se apresentavam ao público, não era feito de gelo, mas sim de poliuretano, uma espécie de plástico resistente.
"Foi a primeira vez que patinei num material desses. É mais difícil do que no gelo. Agarra, mas com um pouquinho de treino deu para evoluir bem", disse Paulo Teles, um dos patinadores.

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