segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

Para uns a bola queima, para outros até parece ter açúcar

Gilistas fizeram pela vida, mas o último lugar parece toldar-lhes o pensamento | Azuis aproveitaram desnorte gilista com nota artística | Lito Vidigal perto da permanência

240968_galeria_belenenses_v_gil_vicente_primeira_liga_j17_2014_15.jpgÉ a velha história de quem está bem e quem está mal. A quem a vida corre de feição tudo sorri. A quem anda deprimido, mais vale não sair de casa. Bem vistas as coisas, ontem, a diferença entre Belenenses e Gil Vicente nem foi assim tanta, como a estatística demonstra. Mas a mesma bola que queimou nos pés dos jogadores do Gil Vicente pareceu ter açúcar nas botas dos atletas azuis.
Os gilistas fizeram pela vida e mostraram querer pontuar. Com garra, vontade, mas nem sempre com a melhor estratégia. Demasiado jogo direto para Simy, com a maioria das bolas a ser lançada por Yamissi...um central.

Do outro lado, um Belenenses compacto e a explorar o espaço deixado pelos forasteiros, com Miguel Rosa, Deyverson e Sturgeon num turbilhão. Resultado? Um salve-se quem puder, com cada lance a ser discutido como se fosse o último.
capturar010Mas bastaram dez minutos de desnorte para consumar nova derrota minhota, como se a lanterna vermelha toldasse o pensamento aos jogadores. Primeiro erro num lançamento lateral, bola sobra para Pelé, e remate em arco na gaveta. Golaço!
De seguida, disparate de João Vilela, Deyverson antecipa-se a Cadú e 2-0. Pelo meio, ia marcando de chapéu, após novo disparate, desta vez de Adriano. A equipa de José Mota demorou a levantar-se, mas foi à luta quando o fez. Faltou mais calma na hora de finalizar. Do outro lado, o Belenenses não jogou bonito, mas foi de enorme eficácia. Não fez o terceiro por pouco — Miguel Rosa atirou ao poste — e fechou-se como podia. Com objetividade. Pode não se gostar do estilo de jogo, mas Lito Vidigal chega ao final da primeira volta com 26 pontos.

O árbitro MANUEL OLIVEIRA

Jogo com poucos casos, tirando um lance polémico entre Yamissi e Dálcio. Decidiu não marcar penalty, numa decisão contestada pelos locais. De resto, procurou deixar jogar. Os jogadores também o ajudaram.

Fernando Santos no camarote

O selecionador nacional, Fernando Santos, aceitou o convite da SAD do Belenenses e assistiu ao jogo de ontem, no Restelo. O convite já tinha várias semanas e dependia da agenda do treinador. Fernando Santas aceitou de imediato e só faltava o dia.
O selecionador nacional observou o jogo no camarote presidencial do Restelo, ao lado de Rui Pedro Soares, presidente da SAD do Belenenses. Rui Jorge, treinador dos sub-21, acompanhou Fernando Santos e tirou notas de Fábio Sturgeon, um dos possíveis escolhidos para o Europeu de sub-21, no próximo mês de junho, na República Checa.
Nas bancadas esteve outro espectador especial. O médio César Peixoto assistiu ao jogo da antiga equipa, o Gil Vicente. Peixoto foi despedido com alegada justa causa pelos gilistas, a 26 de dezembro do ano passado.
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Tarde especial para Dálcio

Júnior de 18 unos estreou-se na Liga; ovacionado pelos adeptos e elogiado pelo treinador

Convocado pela primeira vez, o extremo Dálcio acabou por viver, ontem, uma tarde especial. Com apenas 18 anos, o ainda júnior estreou-se na Liga pelo Belenenses.
Dálcio Gomes entrou aos 68 minutos para o lugar do capitão Bruno China e mereceu a ovação da tarde por parte dos adeptos do Belenenses.

Lito Vidigal gostou da exibição do avançado, e revelou que Dálcio não se estreou mais cedo porque ainda não estava inscrito.
«Só foi inscrito agora, se tivesse sido inscrito já tinha jogado. Ele tem muito potencial mas terá de demonstrá-lo», afirmou o treinador dos azuis. Lito Vidigal promete mais oportunidades, mas vai ter cuidado com a gestão do atleta. «É um jovem e não tenho de dizer até onde vai chegar. Tem de trabaIhar e ser sério», referiu.
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