ArtRio começa hoje no Píer Mauá
Feira traz trabalhos de grandes nomes, como Salvador Dalí, Claude Monet e Yayoi Kusama
Rio - Em 2009, Brenda Valansi almoçava com Elizângela Valadares quando foi convidada pela amiga para trabalhar numa feira de arte colombiana que planejava aportar no Brasil. “Pensei: ‘De jeito nenhum. Não vamos dar o Rio de presente para ninguém.’ Dali em diante, nossa vida mudou. Nos tornamos sócias e viramos uma empresa”, lembra Brenda. Assim nasceu a ArtRio, que inicia hoje sua quarta edição e já é considerada uma das mais importantes feiras de arte da América Latina.
Veja mais fotos da feira ArtRio
E foi mesmo uma ótima mudança de planos. O negócio deu tão certo que, no ano passado, movimentou mais de R$ 100 milhões no mercado de arte. “Não tenho dados exatos, porque não participo da informação de venda das galerias, já que apenas organizamos o evento. Mas, certamente, passou de R$ 100 milhões em 2013 e, este ano, também deve passar”, calcula.
Para Brenda, que também tem como sócio o empresário Luiz Calainho, a feira só deu certo porque o cenário atual do país é propício. Mas faz uma ressalva. “Arte é sempre um bom investimento, mas o comprador tem que saber o que está fazendo. É preciso se informar”, diz a organizadora que, pensando no novo público, criou uma espécie de atendimento personalizado para auxiliar o consumidor de primeira viagem. “Temos uma consultoria na feira. São visitas guiadas feitas com curadores, que vão passando as informações para os interessados. Mas para ter acesso, é preciso fazer uma reserva prévia”, orienta Brenda.
As galerias que participam da ArtRio estão divididas em quatro programas, por semelhança de obras, todos elaborados por curadores. Os programas ‘Lupa’ e ‘Solo’ foram concebidos exclusivamente para a feira, com resultados inéditos, já que possibilitam novas leituras sobre obras ou a partir da apresentação conjunta das peças. O ‘Lupa’ é o espaço para as obras monumentais ou de grande escala, inéditas. Com curadoria de Abaseh Mirvali, o espaço ocupa uma área de 1.300 metros quadrados.
No ‘Solo’, participam artistas convidados pelos curadores Julieta Gonzales e Pablo Leon de La Barra. Os demais programas são o ‘Panorama’, em que participam galerias nacionais e estrangeiras de arte moderna e contemporânea, e o ‘Vista’, dedicado às galerias jovens, com projeto curatorial experimental e foco em arte contemporânea emergente.
E, além da feira, o visitante poderá participar do Conversas ArtRio, série de palestras que, este ano, terá como tema ‘Colecionismo’, com tópicos como valorização, educação e legitimação. E, dentro do Píer Mauá, paralelamente ao evento, acontece a primeira edição da IDA — Exposição Internacional de Design e Arte, uma feira de design dentro da ArtRio. Não é preciso pagar mais para visitar a IDA ou participar das palestras.
O Píer Mauá fica na Avenida Rodrigues Alves 10, Centro (entrada pelo Armazém 1). A ArtRio acontece hoje, amanhã e sábado, das 13h às 21h, e domingo, das 13h às 20h. Ingressos a R$ 30 (inteiro) e R$ 15 (meia-entrada).
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Pudera: este ano, o evento vai ocupar nada menos do que cinco armazéns no Píer Mauá, somando mais de 20 mil metros quadrados, por onde devem circular entre 50 e 60 mil pessoas até domingo, quando termina a feira. São 110 galerias participantes (nacionais e estrangeiras), que desembarcaram em solo carioca e mais de quatro mil obras de 1.050 artistas. E, se os números impressionam, as assinaturas de algumas peças à venda podem deixar muita gente de queixo caído: Salvador Dalí, Yayoi Kusama (cuja exposição recentemente lotou o Centro Cultural Banco do Brasil), Marc Chagall, Lasar Segall, Portinari, Botero e Volpi, além de brasileiros do momento como Adriana Varejão, Beatriz Milhazes e Vik Muniz. E os valores são bastante elásticos: partem de R$ 2 mil (serigrafias e fotografias) e podem chegar a R$ 20 milhões, como é o caso de uma obra de Claude Monet, considerado o maior dos pintores impressionistas, trazida pela Gogosian, a mais badalada das galerias da feira, baseada em Nova York.
“A ArtRio nasceu com o objetivo de fomentar o mercado de arte no Brasil. Somos um país jovem e, finalmente, rico. A classe média cresceu, e o público que busca arte, também. Então, fizemos uma feira de negócios”, afirma Brenda, uma ex-veterinária de 36 anos que foi estudar em Nova York, apaixonou-se por arte e voltou ao Brasil para ser artista plástica.E foi mesmo uma ótima mudança de planos. O negócio deu tão certo que, no ano passado, movimentou mais de R$ 100 milhões no mercado de arte. “Não tenho dados exatos, porque não participo da informação de venda das galerias, já que apenas organizamos o evento. Mas, certamente, passou de R$ 100 milhões em 2013 e, este ano, também deve passar”, calcula.
Para Brenda, que também tem como sócio o empresário Luiz Calainho, a feira só deu certo porque o cenário atual do país é propício. Mas faz uma ressalva. “Arte é sempre um bom investimento, mas o comprador tem que saber o que está fazendo. É preciso se informar”, diz a organizadora que, pensando no novo público, criou uma espécie de atendimento personalizado para auxiliar o consumidor de primeira viagem. “Temos uma consultoria na feira. São visitas guiadas feitas com curadores, que vão passando as informações para os interessados. Mas para ter acesso, é preciso fazer uma reserva prévia”, orienta Brenda.
Obras estão divididas em programas
As galerias que participam da ArtRio estão divididas em quatro programas, por semelhança de obras, todos elaborados por curadores. Os programas ‘Lupa’ e ‘Solo’ foram concebidos exclusivamente para a feira, com resultados inéditos, já que possibilitam novas leituras sobre obras ou a partir da apresentação conjunta das peças. O ‘Lupa’ é o espaço para as obras monumentais ou de grande escala, inéditas. Com curadoria de Abaseh Mirvali, o espaço ocupa uma área de 1.300 metros quadrados.
No ‘Solo’, participam artistas convidados pelos curadores Julieta Gonzales e Pablo Leon de La Barra. Os demais programas são o ‘Panorama’, em que participam galerias nacionais e estrangeiras de arte moderna e contemporânea, e o ‘Vista’, dedicado às galerias jovens, com projeto curatorial experimental e foco em arte contemporânea emergente.
E, além da feira, o visitante poderá participar do Conversas ArtRio, série de palestras que, este ano, terá como tema ‘Colecionismo’, com tópicos como valorização, educação e legitimação. E, dentro do Píer Mauá, paralelamente ao evento, acontece a primeira edição da IDA — Exposição Internacional de Design e Arte, uma feira de design dentro da ArtRio. Não é preciso pagar mais para visitar a IDA ou participar das palestras.
O Píer Mauá fica na Avenida Rodrigues Alves 10, Centro (entrada pelo Armazém 1). A ArtRio acontece hoje, amanhã e sábado, das 13h às 21h, e domingo, das 13h às 20h. Ingressos a R$ 30 (inteiro) e R$ 15 (meia-entrada).
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