quinta-feira, 26 de junho de 2014

Argentina de Messi começa a embalar

Argentina de Messi começa a embalar

Porém, sistema defensivo parece um quebra-cabeça

O DIA
Rio - Falta alguma coisa para que a Argentina seja a seleção temível e difícil de ser batida que se imaginava a princípio. Até porque o sistema defensivo parece ainda um quebra-cabeças para Sabella. Mas, do meio para a frente, as coisas estão se acertando, principalmente porque Messi está se esforçando, jogando com muita vontade e fazendo os gols necessários. Nos três jogos, ele foi decisivo. E poderia ter feito mais se os seus ilustres companheiros de ataque não estivessem tão tímidos. Nesta quarta-feira, por exemplo, Di María até se esforçou, mas errava quase tudo o que tentava. Se começar a jogar bem - ele e Agüero - sai da frente.
Messi tem levado a Argentina nas costas
Foto:  Reuters
O caminho da Argentina não parece tão difícil, a começar pela Suíça, e é muito provável que dispute a semifinal, com grandes chances de encarar a Holanda e, quem sabe, o Brasil na final. Nesta quarta-feira, em excelente jogo em Porto Alegre, contra uma Nigéria que fez a sua melhor partida na Copa, a Argentina esteve bem, contornou as dificuldades de sua defesa e sentiu-se em casa com o apoio da torcida. Aliás, a Copa passou bem em outro grande teste na segurança porque Porto Alegre recebeu quase 100 mil hermanos sem maiores traumas.
Lembrando o Raí
Na Copa de 94, Raí era o número 1 de Parreira e Zagallo, que tentaram ao máximo segurá-lo no time, mesmo que ele não estivesse jogando nada e misteriosamente travado, errando até passes de três metros. Mas houve um momento em que a dupla deu um basta e inventou, para temor geral, aquela formação com Mazinho e Zinho. Não é que deu certo? Os laterais se soltaram mais e até Zinho teve maior participação ofensiva. Paulinho é o Raí de hoje, mas ele não está sozinho.
Sem brilho
Só mesmo suíços e equatorianos sofreram nesta quarta-feira com a torcida pela classificação. Shaqiri garantiu para os europeus, em Manaus, diante de Honduras, que foi uma das mais fracas seleções desse Mundial. E o Maracanã, sempre bonito com casa cheia, merecia melhores jogos dos que passaram por lá. Não fosse pelos chilenos e pelo golaço de Messi contra a Bósnia, só futebol ruim, como o do 0 a 0 desta quarta, com a pior partida da França na Copa. Vai sofrer com a Nigéria.
Erro fatal
Se uma seleção está arrumando as malas com muita mágoa e justa indignação é a Bósnia. Só perdeu para a Nigéria por um erro clamoroso da arbitragem que deu um impedimento absurdo de Dzeko. Se o jogo fosse 1 a 1 com o gol legítimo, a Nigéria é que estaria eliminada. A Copa segue muito bem, com estádios bonitos, boa organização, jogos de alto nível, mas as arbitragens continuam como o elo fraco dessa corrente. É preciso uma revolução nesse setor.
O vampiro
Luisito Suárez, mais do que receber punição da Fifa, deveria passar por um exame psicológico para descobrir por que tem essa compulsão para morder outras pessoas. Na vida amorosa, as suas namoradas, na hora da pegação, devem sofrer muito. Ele se arrisca a uma suspensão longa, que poderá até afastá-lo da competição. Um gancho pesado seria até justo pela reincidência, mas o futebol e a Copa sofreriam com a sua ausência. E, para o Uruguai, significaria praticamente o fim.
Agonia de Portugal, esperança de Gana e EUA
O Grupo G chega nesta quinta-feira ao fim de forma emocionante. Uma das forças do grupo, Portugal, respira por aparelhos, dependendo de esdrúxula combinação de resultados. A briga fica entre EUA e Gana. Os americanos, se empatarem com os alemães, se classificam e, pela teoria da conspiração, Klinsmann já arranjou o resultado com os seus conterrâneos. Na vida real, dureza porque se Gana repetir a ótima exibição contra a Alemanha pode ganhar de Portugal e aí, no caso de derrota americana, tudo será decidido na tortura do saldo de gols.

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