sexta-feira, 2 de maio de 2014

Liga dos Campeões deixa uma boa lição

Liga dos Campeões deixa uma boa lição

Competição é alerta para seleções da Copa do Mundo

O DIA
Rio - A princípio, pode até parecer óbvio, mas, às vezes, o que é natural e está na nossa frente não é bem analisado ou transparente como parece. Não é coincidência que Real e Atlético de Madrid cheguem à final utilizando duas ferramentas básicas do futebol - a organização tática a disciplina. Claro que há talento envolvido, especialmente no caso do Real e basta citar Di María, Cristiano Ronaldo e Bale. Mas o Chelsea e o Bayern de Munique, que são também times dinâmicos, não poderiam ter equilibrado as ações? O que isso significa para a Copa, por exemplo? Significa que há favoritos muito relativos que poderão ser engolidos pelas circunstâncias e a Alemanha que se cuide porque foi exatamente a sua base do Bayern que falhou miseravelmente e não resistiu meia hora ao Real Madrid.
Real Madrid de Cristiano Ronaldo está na final da Liga dos Campeões
Foto:  Reuters
No caso da Espanha, pode ser mais grave porque ainda se escora no Barcelona que vive um período de decadência e desânimo - a motivação do time é inferior à dos principais adversários. A seleção brasileira também se considere advertida, embora não viva só de craques e tenha no rigor de Felipão e na união do elenco armas decisivas e que deverão ser, mais do que nunca, valorizadas.
Pouco, mas bom
O Vasco sabe que o Treze é muito fraco, mas como precisava desesperadamente de reabilitação e estava com um time muito desfalcado, a vitória de virada em Campina Grande acabou tendo o seu valor. Serviu para abortar um princípio de crise até porque os vários titulares estarão logo de volta. Mas ninguém se iluda porque os problemas continuam aí e o elenco é muito fraco, embora deva servir para voltar, sem maior brilho, à Série A do Brasileirão.
Frustração
A Arena do Grêmio vivia uma noite de festa e de muita confiança dos torcedores na classificação para as quartas de final. E foi um jogo movimentado com domínio do Grêmio, embora o San Lorenzo também ameaçasse nos contra-ataques. Um gol argentino e tudo estaria perdido. Mas, no fim, saiu o gol do Grêmio, importante, mas insuficiente. E, nos pênaltis, se impôs a frieza argentina, embora Barcos tenha falhado. Faltou mais ao Grêmio e não foi milagre do Papa.
Na raça
O Cruzeiro parece querer repetir a saga do Atlético Mineiro no ano passado quando foi campeão com reações sensacionais e viradas inacreditáveis. Em Assunção, fez um mau primeiro tempo, só não levou gol por acaso e, na fase final, ainda teve um jogador expulso. Mas não desistiu jamais e, de forma heroica, pressionou o desarvorado Cerro. Foi premiado com dois gols, de Dedé e Dagoberto, uma bela vitória e o maior embalo para o resto da competição.
Alta voltagem
O cinema brasileiro domina a semana de estreias em um filme que tem embasamento histórico e ares de documentário. Durante poucas e tumultuadas semanas, o Brasil parou em agosto de 1954 entre o atentado a Carlos Lacerda e o suicídio de Getúlio Vargas. Tudo bem contado pelo cineasta João Jardim e com presenças marcantes de Tony Ramos, Alexandre Borges e Drica Morais. Cinema a sério, de compromisso, que poderia ser uma rotina do nosso cinema.

    Nenhum comentário: