terça-feira, 15 de abril de 2014

No mundo da Copa: O fantástico universo das figurinhas

No mundo da Copa: O fantástico universo das figurinhas

Álbum do mundial atende a todas as idades

O DIA
Rio - Álbuns de figurinhas e futebol fazem uma tabelinha de sucesso no Brasil desde os anos 1920. No início do século passado, as estampas Eucalol já eram disputadas pela garotada e hoje elas são artigos raros, valiosíssimos. No entanto, o primeiro álbum sobre o Copa do Mundo no Brasil veio apenas em 1950. Patrocinado pela fábrica paulistana de doces.
A Americana, a publicação, curiosamente, só chegou às bancas dois meses depois do Mundial — alguns cromos traziam imagens de jogos. Como naquela época ainda não existia uma lei consolidada sobre direitos autorais envolvendo a Fifa e as editoras, os álbuns eram publicados de acordo com a vontade das empresas, e não seguiam um padrão. Os jogadores, acreditem, não recebiam nem um centavo sequer pelo uso de suas imagens.
Coleção de figurinhas da Copa do Mundo está fazendo sucesso
Foto:  Reprodução Internet
Em 1982, por exemplo, a versão brasileira do álbum foi patrocinada por uma marca de chicletes. Para obter as figurinhas, só mascando muita goma para completar a coleção. A editora italiana Panini, com sede na cidade de Modena e que detém atualmente os direitos de produzir os cromos, só entrou no mercado brasileiro na Copa de 1990, quando as figurinhas ainda não eram autocolantes.
Com que roupa eu vou à Copa?
A camisa rubro-negra da Alemanha — uma homenagem sob encomenda para ganhar a torcida do Flamengo — não é novidade alguma. O que hoje é visto como estratégia de marketing, já foi adotado por muitas seleções. Até mesmo de maneira desproposital.
Na Copa de 1934, na Itália, a Áustria decidiu o terceiro lugar com a Alemanha. Como os dois uniformes eram idênticos (camisa branca, calções e meiões negros), os austríacos pegaram emprestada a camisa azul claro do Napoli para ter a torcida da casa. Não deu muito certo e os alemães venceram por 3 a 2.
Em 1950, no Brasil, México e Suíça se enfrentaram no Estádio dos Eucaliptos (demolido em 2012). Os mexicanos abriram mão da camisa grená e vestiram a listrada em azul e branco do Cruzeiro de Porto Alegre. Apesar do apoio dos gaúchos, deu Suíça: 2 a 1.
Na Copa de 1978, França e Hungria levaram para o estádio em Mar del Plata apenas camisas brancas. Os franceses tiveram de improvisar e usaram a camisa listrada em verde e branco do Kimberley. E venceram: 3 a 1.
Em 1990, a Costa Rica, que estreava em Mundiais, usou um uniforme igual a da Juventus para ganhar a torcida de Turim. Deu certo. Pelo menos até as oitavas de final, quando foi eliminada pela Tchecoslováquia.

Coluna de Alysson Cardinali e Flávio Almeida

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