segunda-feira, 21 de abril de 2014

'A Portuguesa está falida e cheia de problemas', desabafa ex-vice jurídico

'A Portuguesa está falida e cheia de problemas', desabafa ex-vice jurídico

Dr. Orlando de Barros afirma que antiga gestão deixou imenso caos como herança para o presidente Ilídio Lico; Advogado diz que não deixou o clube brigado e vê dura missão para a Lusa

RAFAEL ARANTES
São Paulo - Uma bomba relógio parece estar ligada no Canindé. A Portuguesa convive não somente com os embates judiciais que envolvem seu rebaixamento para a Série B, mas com uma chuva de problemas internos. A gestão do presidente Ilídio Lico herdou um verdadeiro campo minado no clube paulista e vem sofrendo para conseguir solucionar todos os problemas na administração.
Na última sexta, após entrar no gramado para estrear na Segunda Divisão, a Lusa atuou por apenas 17 minutos até que a presença de um oficial de justiça fez o clube abandonar o jogo. O fato explodiu como uma bomba e resultou até no pedido de demissão do então vice-jurídico Dr. Orlando de Barros, que admite um verdadeiro caos no clube.
"A Portuguesa é um clube falido e cheio de problemas. A culpa disso tudo não é de quem está lá hoje. Vejo um presidente honesto e trabalhador, mas que herdou uma penca de problemas deixados pela antiga gestão", afirmou.
Com dívidas e herança negativa da gestão passada, ex-vice jurídico admite temporada dolorosa da Portuguesa
Foto:  Divulgação
Em conversa com O DIA , o advogado admitiu que a herança deixada pelo ex-presidente Manuel da Lupa é um grande tormento para a gestão de Ilídio. Orlando parece não ter dúvidas que a grande tempestade que reina sobre o Canindé ainda deverá provocar grandes danos ao clube, que tem o rebaixamento para a Série B como um dos mais brandos problemas.
Momento crítico no Canindé
"Não tenho dúvidas que será uma temporada dolorosa. Toda a herança de dificuldades financeiras deixará um trabalho muito difícil para a atual gestão, como já está sendo. A Série B é um mero detalhe, um microponto no universo por tudo que acontece lá. É um clube falido e cheio de problemas"
Missão dura para o presidente
"Vejo um presidente correto e trabalhador lá, mas que herdou um baita problema no clube e que fica escutando 200 pessoas. Acho impossível você tomar decisões assim. Hoje existe uma situação bastante complicada com muitos problemas financeiros. Não será fácil solucionar isso tudo"
Heranças negativas
"A culpa não é de quem está lá agora. A atual gestão herdou problemas e dívidas que complicam a cada dia o trabalho no clube. Tudo que vem atormentando a Portuguesa hoje quem deixou foi a antiga diretoria"
Polêmica na Série B: Lusa deixou o gramado com 17 minutos de jogo em razão de decisão judicial
Foto:  Divulgação
Futuro judicial
"Eu penso desde o início que já que você entrou numa discussão jurídica você tem que prosseguir com sua postura. Isso tentou ser evitado, mas não havia outra saída. De outro lado, a última declaração que vi do presidente foi dizendo que o clube irá jogar a Série B mesmo que seja algo injusto, então temos que respeitar isso"
Torcedores e liminares na justiça
"Não vejo essas atitudes dos torcedores em entrarem na justiça podendo prejudicar o clube. Aqui em São Paulo a justiça não legitimou a torcida. Não há essa possibilidade. As liminares formam uma situação simples. Se há uma decisão do tipo, a orientação sempre será para que seja cumprida. Essas observações precisam ser observadas"
Motivo da despedida
"Várias coisas já estavam me chateando. Na verdade, estava no limite. Esta foi apenas uma decisão final. Não saí com problemas ou brigado com alguém. O que motivou minha saída foi o fato de uma orientação técnica não ter sido cumprida. Não havia motivo para continuar se não estava sendo escutado"

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