quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

Promissor, Gustavo de Conti desponta na nova geração de técnicos do NBB

Promissor, Gustavo de Conti desponta na nova geração de técnicos do NBB

À frente do Paulistano, ele se consolida no cenário nacional

FABIO KLOTZ
São Paulo - Gustavo De Conti faz parte da nova geração de técnicos. Ele tem chamado atenção à frente do Paulistano. Aos 33 anos, é vice-campeão paulista e está no G-4 do NBB. A carreira como atleta terminou aos 23 anos, quando já conciliava a rotina de armador com a de treinador nas categorias de base: “Não era um jogador de muito futuro”, brinca e reconhece Gustavinho.
Gustavo De Conti se destaca à frente do Paulistano
Foto:  Divulgação
Como técnico, Gustavinho passou por todas as categorias de base. No Paulistano desde 2001, ficou como assistente até o NBB 4, quando teve a oportunidade de assumir o time. Estudioso, ele tem em Phil Jackson e no italiano Ettore Messina como espelhos. O amigo José Neto, comandante do Flamengo com quem trabalhou no Paulistano e na Seleção, e Rubén Magnano, treinador do Brasil, são outras referências.
"Admiro no Neto a preocupação que ele tem com os detalhes da parte tática. Com Magnano, só de conversar, de trocar ideias, acrescenta bastante", diz o técnico do Paulistano.
'Viciado' em basquete, Gustavo acompanha e se informa sobre tudo que pode. A tecnologia é aliada. Assim como estudar os adversários virou uma arma. Ele avalia a nova geração de técnicos que, além dele, tem nomes como José Neto, Demétrius, de Limeira, e Léo Costa, de Macaé.
"É uma geração um pouco diferente, que usa muita tecnologia, análise de adversário, algo que não se usava muito. São técnicos bem preparados, que têm essa característica de estudar o adversário. Hoje tem informação facilmente. É uma geração muito preparada também na parte prática da quadra", analisa.
Acompanhar jogos do basquete universitário americano e do basquete europeu virou um hobby para Gustavinho.
"É um vício. Eu gosto. Não é sacrifício. Eu vejo o que está passando na televisão. Estou viciado em assistir a jogo de vôlei também. Sempre se aprende alguma coisa. E a Internet é fantástica, com muita informação. É um hobby e o meu trabalho", declara.
Rigoroso, Gustavo De Conti prioriza a defesa e o jogo coletivo: “O basquete moderno exige intensidade e defesa. Os melhores times do mundo jogam assim. Eu foco no trabalho defensivo e em ter elenco para manter a intensidade alta”, diz.
O surpreendente Paulistano
No Estadual, o Paulistano desbancou rivais de maior investimento e chegou à final. O vice-campeonato (perdeu para Bauru) mostrou a força da equipe. No NBB, o clube paulista se mantém no topo da tabela. A análise da temporada até agora é positiva.
Gustavo De Conti prioriza defesa e trabalho coletivo
Foto:  Divulgação
"O balanço da temporada é que estamos acima da expectativa. Quando montamos a equipe, sabíamos que tínhamos potencial para chegar onde estamos. Sabemos que há equipes mais estruturadas em termos de investimento, sabíamos disso no Paulista, conseguimos fazer a final do campeonato e no NBB até agora com uma campanha surpreendente, mantendo a segunda colocação no início do segundo turno", avalia Gustavinho.
A meta do técnico é classificar o Paulistano entre os quatro primeiros do NBB, algo que indicaria o valor do time: “Mostrará que temos potencial para brigar pelo título. Cada rodada que nos mantemos no G-4 dá uma confiança muito grande para toda a estrutura. Na prática, ficar no G-4 significa se livrar do primeiro playoff. O equilíbrio é tão grande que o quinto colocado vai ter dificuldade para vencer o 12º”, diz.
Para se aproximar do objetivo de avançar diretamente para as quartas de final, o Paulistano tem um jogo direito contra Limeira, nesta quinta-feira, na casa do rival. Os dois times têm a mesma campanha, com 12 vitórias em 17 partidas, e estão na vice-liderança do torneio.
"O jogo vale o dobro, os times estão iguais. Se ganharmos, vai ser um passo muito grande para terminar na frente de Limeira", avalia o técnico, que ressalta o equilíbrio do NBB 6:
"Eu disputei todos os NBBs, seja como assistente ou técnico. É o mais equilibrado. Você vê favoritos como Flamengo e Brasília com dificuldades para ganhar. Brasília ficou um pouco para trás, está tentando uma recuperação, mas teve uma derrota (para Flamengo)."

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