segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

Eusébio: Carrasco e amigo do Brasil

Eusébio: Carrasco e amigo do Brasil

Líder de Portugal na eliminação da Seleção em 66, Eusébio tinha estreito elo com nosso país

O DIA
Portugal - O nome de Eusébio pode não trazer boas recordações nos gramados aos torcedores brasileiros de cabeça já branca. Foi ele, dono da camisa 13 da seleção de Portugal, com dois gols, que, na Copa de 66, comandou a vitória por 3 a 1 que decretou a eliminação precoce da então equipe bicampeã do mundo. Um baque difícil de ser assimilado por Pelé, o Rei do Futebol, que naquele dia apanhou muito.
O fato é que, depois da Copa, os dois craques começaram uma amizade sólida — apesar de algumas alfinetadas. Ontem, por meio de uma rede social, Pelé mostrou todo a sua consternação:
Eusebio e Pelé durante uma partida entre Brasil e Portugal, em 2002
Foto:  Efe
“Lamento muito a morte de meu irmão Eusébio. Meus pêsames a seus familiares. Que Deus o receba de braços abertos.” Pelé ainda lembrou o último encontro que teve com o amigo português, no amistoso entre os dois países em setembro do ano passado, em Boston (EUA), que terminou com a vitória do Brasil por 3 a 1.
Com a camisa de seus clubes, no entanto, quem mais comemorou foi o brasileiro. Em 1963, na final do Mundial Interclubes, o Santos venceu os dois jogos contra o Benfica (por 3 a 2 no Maracanã e 5 a 2 no Estádio da Luz).
Mas o elo de Eusébio com o Brasil vem desde muito antes da amizade com Pelé. Ainda garoto, em Moçambique, ele atuava em um time chamado Os Brasileiros Futebol Clube, que à época era comandado pelo ex-jogador Bauer, que defendeu o São Paulo e foi vice-campeão mundial pela Seleção em 1950. O jeito de jogar daquele menino franzino chamou a atenção de Bauer, que não perdeu tempo e o indicou ao húngaro Bela Guttman, técnico do Benfica, clube pelo qual jogou de 1960 a 1975.
Anos mais tarde, já aposentado, Eusébio ganhou cargo simbólico na comissão técnica da seleção portuguesa.
Conviveu diariamente com Luiz Felipe Scolari e Deco. Seus conselhos eram sempre bem-vindos. Curiosamente, foi sob comando desses dois brasileiros, dentro e fora de campo, que Portugal viveu sua melhor época desde os tempos de Eusébio, quando ficou com o vice-campeonato europeu em 2004 e o quarto lugar na Copa de 2006.
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