sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

Márcio Guedes: Um ano de 2013 com boas surpresas e frustações

Márcio Guedes: Um ano de 2013 com boas surpresas e frustações

Vitória da seleção feminina de Handebol mostra que o Brasil pode ter boas surpresas olímpicas em 2016

O DIA
Rio - O handebol feminino fecha o ano com um fabuloso título que até acena com possíveis surpresas olímpicas. De forma semelhante, a conquista da Copa das Confederações em julho foi inesperada e muito comemorada, significou a recuperação da imagem do futebol brasileiro, de um certo respeito internacional e abriu excelente expectativa para o título na Copa. Até nos amistosos a Seleção foi outra, motivada, combativa e versátil. A nível de clubes, o Galo proporcionou, ao mesmo tempo, a euforia por uma inédita Libertadores com a redescoberta de Ronaldinho, mas no fim do ano perdeu o pique e não chegou sequer à final com o Bayern. Foi o rival Cruzeiro, com campanha impecável no Brasileiro, que sobrou na turma e conquistou o título com muitos méritos e nenhuma contestação.
Jogadoras comemoram com a taça do título mundial
Foto:  Efe
Os atrasos nas obras e o superfaturamento nos novos estádios não surpreenderam mas irritaram, embora alguns deles sejam bonitos, confortáveis e signifiquem um avanço na nossa estrutura. O ano, apesar dos pontos positivos, foi manchado pela violência ainda sem controle das torcidas e pela lamentável supremacia do tapetão sobre a bola, sempre em prejuízo dos pequenos.
FECHO DE OURO
Poucos esperavam mas o handebol feminino não parou a sua meteórica ascensão e conquista um inédito Mundial diante das fortes europeias.Resultado de um esforço coletivo, de um ótimo trabalho de base e da sensibilidade do dinamarquês Morten Soubak. Vencemos jogos considerados impossíveis, como nessa dramática final diante da Sérvia quando Duda brilhou e as goleiras, principalmente Babi, foram heroínas. Além do vôlei, somos os melhores do mundo em... handebol feminino!
FÁCIL, FÁCIL
Faltou brilho e faltou até um pouco de emoção na justa conquista do Bayern de Munique, um dos melhores times do mundo e que tenta a curiosa mágica de juntar o estilo espanhol de Pepe Guardiola com a intensidade bem objetiva e vertical do futebol alemão.Fez dois gols na fase inicial contra o Raja e liquidou a parada sem sustos, até porque a sua marcação não permitiu aqueles contra-ataques dos marroquinos que se viu diante do ingênuo Galo. Ainda assim, o Raja caiu dignamente.
DESEQUILÍBRIO
O futebol carioca não foi bem em 2013 e viveu de êxitos fugazes. O Flamengo obteve o que ninguém esperava depois de meses de frustrações. Em oito partidas finais da Copa do Brasil, conquistou com brilho um título nacional e foi à Libertadores com Léo Moura, Elias e Hernane. O Botafogo foi campeão estadual, Seedorf reinou por um tempo, mas, depois, veio a queda, salva no sufoco pela vaga na Libertadores. Vasco e Flu perderam-se na incompetência e nas desilusões.
PÁGINA VIRADA
O Galo até que teve um ano bom em 2013 mas ficou bem claro, pela suada vitória sobre o Guangzhou, que precisa evoluir para disputar, com melhores chances, competições internacionais. Foi bem na Libertadores, mas precisou de alguns milagres. Depois, não resistiu à perda de Bernard, assim como o Flu não se achou sem Wellington Nem e o Botafogo sem Vitinho. Foi a carência da velocidade e da ousadia. Tardelli fracassou, Ronaldinho também e a Seleção ficou longe.
MELHORES DO ANO POR POSIÇÃO
Considerando-se todas as competições do ano poderia se chegar a uma seleção hipotética dos melhores do Rio: Jefferson, Léo Moura, Bolívar, Dória e Carlinhos; Jean, Seedorf, Elias e Marlone; Rafael Marques e Hernane. Carlinhos e Jean tiveram ótimos momentos, Fred só apareceu na Seleção, Marlone foi uma grande revelação perdida pelo Vasco e Rafael fez um primeiro semestre fabuloso.

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