quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Um amor à flor da pele em Bangu

Um amor à flor da pele em Bangu

Torcedores fazem fila para tatuar o escudo do clube em evento na Zona Oeste

JULIA FARIAS
Rio - Torcedores apaixonados carregam o time na alma e no coração. Mas a torcida do Bangu resolveu ir mais além e gravar na pele o amor incondicional pelo clube. Ontem, a organizada ‘Castores da Guilherme’ promoveu um evento que ofereceu, de graça, uma tatuagem do antigo escudo.
Bangu ainda tem muitos adeptos no Rio de Janeiro
Foto:  Carlos Moraes / Agência O Dia
O aposentado Roberto Santos, de 56 anos, foi o primeiro dos 15 torcedores a chegar no estúdio. Sócio-proprietário do clube por 30 anos, ele não tem dúvidas do que o fez tatuar o losango na pele:
“É o amor, o respeito pelo Bangu. Um clube com uma história bonita, que merece ser reconhecida. Estou participando do evento porque esses garotos da torcida vão resgatar a história do clube”.
Responsável por instituir o futebol de mesa no Bangu, o vascaíno Marcelo Coutinho não esconde sua admiração pela história do clube da Zona Oeste: “O Bangu é um amor de família. Meu avô, Waldemar Barbosa, foi o primeiro atleta a ser premiado fora do Rio de Janeiro. Meu tio, Mário Carreiro, foi capitão do time campeão carioca em 1933. Eu fui nascido e criado no Bangu e, por isso, fiz a tatuagem”.
Aposentado Roberto fez tatuagem em homenagem ao Bangu
Foto:  Carlos Moraes / Agência O Dia
Um dos organizadores do evento, Hélcio Júnior é tão fanático que seu apelido no bairro é Júnior Bangu. Membro da organizada, ele sonha em ver o time campeão brasileiro e o reconhecimento da Fifa — para alguns historiadores, o primeiro jogo de futebol no Brasil teria sido disputado no campo da fábrica de tecidos do bairro, em 1894.
“Somos banguenses de alma e pele. Queremos que a Fifa reconheça que aqui nasceu o futebol brasileiro”, afirmou Hélcio.
O estudante Arthur Pereira, de 19 anos, diz que essa é só mais uma das loucuras que faz pelo time.
“Como a arquibancada de Moça Bonita está interditada, a torcida fica na porta, mas eu fico em cima da árvore vendo e passando informações do jogo. Perco a voz, mas não deixo de apoiar. Carrego o Bangu no coração por muito tempo e agora vou carregar na pele", disse .
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