sábado, 7 de setembro de 2013

Rio de Paz faz protesto por 'choque de gestão' na Praia de Copacabana

Rio de Paz faz protesto por 'choque de gestão' na Praia de Copacabana

Grupo acampou durante a madrugada, promoveu debates e funcou faixas com os número da violência no estado e denunciando a "qualidade pífia" dos serviços públicos

MARCELLO VICTOR
Rio - Integrantes do movimento Rio de Paz promoveram na madrugada deste sábado, uma vigília na Praia de Copacabana, na Zona Sul do Rio, para cobrar um choque de gestão nos serviços públicos. O protesto é o primeiro de uma série de manifestações programas na cidade para o feriado deste sábado, Dia da Independência do Brasil. Eles realizaram quatro debates de temas relacionados a direitos humanos, manifestações, impresa e desmilitarização da polícia. O grupo ficará na orla até o amanhecer.
O Rio de Paz iniciou a maratona de manifestações previstas para o todo o país neste sábado, na noite de sexta-feira. Com lanternas e velas, os integrantes do grupo acamparam na areia, próximo ao calçadão, em frente ao tradicional hotel Copacabana Palace. Eles receberam o apoio de moradores e frequentadores do local. Três faixas foram fincadas na areia: uma com os números da violência divulgadas pelo Instituto de Segurança Pública (ISP) do Rio outra denunciando a "qualidade pífia" de escolas, hospitais e segurança e outra em inglês com o mesmo conteúdo..
"Estamos cansados de escolas que não educam, hospitais que não curam e segurança que não protege. A sociedade está objetivos, cronogramas, planejamento, metas claras com trasnparência para que a população possa fazer cobrar responsabilidades a quem de direito. Se não cumprir que se demitam os responsáveis. Chega de promessas para enganar o público", decretou o presidente do Rio de Paz, Antonio Carlos Costa. O grupo promete participar de manifestações de cunho pacífico durante o sábado.
Os debates promovidos durante o ato foram: Guerra às drogas e desmilitarização da polícia, com o delegado titular da 15ª DP, Orlando Zaccone; Direitos Humanos no Brasil, com o professor Ignacio Cano, da Uerj; Manifestações pacíficas como instrumento de transformação histórica, à meia-noite, com Antônio Carlos Costa, e Imprensa e democracia no Brasil, com o jornalista Jorge Antonio Barros.
Ainda de acordo com Antonio Carlos Costa, o número de homicídio no Estado do Rio de Janeiro entre 2007 e junho deste ano, que era de 39.940, segundo o ISP, ultrapassou os 40 mil em julho. Ele lembrou e cobrou das autoridades o esclarecimento do pedreiro Amarildo de Souza. Ele desapareceu há quase dois meses, após ser levado por PMs da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) da Rocinha à sede da unidade na favela.

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