sábado, 7 de setembro de 2013

Dilma: 'Mais Médicos' não é decisão contra profissionais brasileiros

Dilma: 'Mais Médicos' não é decisão contra profissionais brasileiros

Presidenta fez pronunciamento em cadeia nacional de rádio e televisão. 'Falta de médicos é a queixa mais forte da população pobre', afirmou

AGÊNCIA BRASIL
Brasília - A presidenta da República, Dilma Roussseff, reforçou nesta sexta-feira a importância da vinda de médicos estrangeiros ao Brasil. Durante pronunciamento em cadeia nacional de rádio e TV, Dilma disse que trazer médicos de outros países para atender em locais onde há carências na saúde é uma medida “a favor da saúde”. “A vinda de médicos estrangeiros, que estão ocupando apenas as vagas que não interessam e não são preenchidas por brasileiros, não é uma decisão contra os médicos nacionais”, defendeu.
Dilma também disse que o país tem feito investimentos na estrutura da saúde e que pretende liberar mais recursos para hospitais e equipamentos. “A falta de médicos é a queixa mais forte da população pobre. Muita morte pode ser evitada, muita dor, diminuída, e muita fila reduzida nos hospitais apenas com a presença atenta e dedicada de um médico em um posto de saúde”, disse.
Discurso de Dilma em cadeia nacional
Foto:  Reprodução TV

De acordo com a presidenta, o “Pacto da Saúde vai produzir resultados rápidos e efetivos”. A presidenta também frisou que o Programa Mais Médicos “está se tornando realidade” e disse também que os brasileiros vão sentir, a cada dia, “os benefícios e entender melhor o grande significado deste programa”. A presidenta disse que o Brasil “ainda tem uma grande dívida com a saúde pública e essa dívida tem que ser resgatada o mais rápido possível”.
Além de defender o crescimento da economia brasileira, o pronunciamento também relembrou os cinco pactos nacionais anunciados por Dilma anteriormente. “Estamos aprofundando os cinco pactos para acelerar melhorias na saúde, na educação e no transporte e para aperfeiçoar a nossa política e a nossa economia”, explicou. Os pactos para melhorias no transporte público, na estabilidade fiscal e na educação foram lembrados pela presidenta. Sobre a reforma política, a presidenta celebrou a “proposta de decreto legislativo para o plebiscito”.
Já na educação, foi reforçado a reserva, para a área, de 75% dos royalties do petróleo e de 50% do Fundo Social. “Esse será um dos maiores legados do nosso governo às gerações presentes e futuras e vai trazer benefícios permanentes à população brasileira por um período mínimo de 50 anos”.
O discurso, veiculado na véspera de Sete de Setembro, começou às 20h30 desta sexta e durou cerca de dez minutos. O pronunciamento, no entanto, foi gravado no último sábado. No mês de junho, em meio às manifestações populares que levaram milhares de brasileiros às ruas de centenas de cidades, a presidenta fez um pronunciamento em que prometia “trazer de imediato milhares de médicos do exterior para ampliar o atendimento do SUS”. Aprimorar a saúde pública foi um dos pontos do pacto firmado por Dilma em prol da melhoria dos serviços públicos, uma das principais reivindicações dos protestos. Três semanas depois, o governo lançava, por meio de medida provisória, o Mais Médicos.
A Medida Provisória (MP) 621, que cria o Programa Mais Médicos, é debatida pelos deputados. Na última quarta-feira, foi instalada comissão geral na Câmara para apreciar o tema. Na sessão de lançamento, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, lembrou que os profissionais médicos estão mal distribuídos no território nacional, faltam especialistas e há poucas vagas nas escolas de medicina. “O jovem que entra na faculdade de medicina hoje é filho da realidade urbana que estudou em escola particular. Ou trazemos ao jovem do interior, ao jovem indígena, a oportunidade de ser médico ou não vamos resolver o problema”, disse.
A prática de celebrar o Dia da Independência com um pronunciamento à Nação já é prática entre os presidentes brasileiros. No ano passado, Dilma anunciou a redução dos preços da energia elétrica para residências e indústrias.
    Tags: Dilma , Mais Médicos

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