sexta-feira, 20 de setembro de 2013

Demissão de Mano aumenta turbulência no departamento de futebol do Fla

Demissão de Mano aumenta turbulência no departamento de futebol do Fla

Dirigentes rubro-negros estão sendo cada vez mais contestados

HUGO PERRUSO E ROBERTO ARAÚJO
Rio - O pedido de demissão de Mano Menezes aumentou a crise no departamento de futebol do Flamengo, cada vez mais criticado e pressionado por correntes dentro do clube pela falta de resultados e dos seguidos problemas. Sob forte pressão, a diretoria tenta encontrar o quarto técnico da temporada, mas não descarta a manutenção do interino, o auxiliar Jaime de Almeida, por falta de opções no mercado.
Diretoria do Flamengo começa a ser contestada
Foto:  Carlos Moraes / Agência O Dia
Só que além de se preocupar com a contratação de um novo técnico, o diretor de futebol, Paulo Pelaipe, e o vice, Wallim Vasconcellos, também têm de se preocupar com a situação deles. A insatisfação com o trabalho dos dois é grande dentro do clube e piorou com a saída de Mano Menezes, que não explicou o motivo do pedido de demissão, mas estava insatisfeito com o que vinha acontecendo no clube.
Quando chegou, o técnico recebeu a promessa de três reforços de peso, mas só recebeu André Santos e Chicão. Além disso, Mano estava incomodado com a estrutura do CT do Ninho do Urubu, que não teve melhora desde que chegou, e com algumas atitudes de diretores do clube.
“O time não evoluiu, não cresceu. Por que vou ficar enganando a torcida? Os problemas do Flamengo não são os jogadores, o problema é geral”, disse Mano ao site ‘Uol’.
Ao decidir sair, o técnico apenas comunicou Pelaipe, que avisou Wallim. O vice tentou contado com Mano, mas o máximo que conseguiu foi uma mensagem de celular, ontem de manhã. Para piorar, Bandeira de Mello só soube pelo rádio, enquanto voltava do Maracanã. “Foi uma saída inesperada.”
No clube, há sócios que dizem que o técnico foi covarde, mas outros veem na atitude uma insatisfação com a diretoria. Certo é que o Flamengo ficou sem técnico e não será fácil a escolha. Primeira opção, Abel Braga foi procurado, mas avisou que só vai trabalhar em 2014. Amigo de Pelaipe, Celso Roth tem forte rejeição e já foi vetado antes da contratação de Jorginho. Paulo Autuori virou opção, mas a diretoria vai esperar os primeiros jogos de Jaime para bater o martelo. O interino não é visto como solução, mas pode ser mantido se obter bons resultados.
“Hoje Jaime é o treinador. Vamos avaliar esta possibilidade e pode acontecer de ele continuar mais tempo. Tudo dependerá do que for planejado”, disse Bandeira.
Cartolas não sabiam de nada
Pega de surpresa, a diretoria foi obrigada a fazer duas reuniões de emergência no Ninho do Urubu. Em uma delas, a cúpula do departamento de futebol reuniu-se com os jogadores para dizer que não sabia o motivo da saída de Mano Menezes e também para tentar dar um voto de confiança ao grupo. A conversa no vestiário durou quase uma hora e meia.
Na outra reunião, o presidente Eduardo Bandeira de Mello, o vice de futebol Wallim Vasconcellos e o diretor Paulo Pelaipe trataram da busca por um novo treinador e do futuro do time até o fim do ano.
Em determinado momento, Léo Moura, um dos líderes do elenco, juntou-se aos cartolas. Ainda atônitos, os jogadores fizeram um trabalho leve e viajaram no fim da noite para Recife.
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