Rio - A cabo PM Andréia Pesseghini, 36 anos, assassinada com a família na madrugada do dia 5, foi convidada por policiais do 18º BPM, onde estava lotada, para participar de furtos a caixas eletrônicos. Além de recusar a proposta, a policial denunciou o grupo a seu comando, mas o caso não avançou porque não havia provas. A informação foi passada por PMs ao deputado estadual Olimpio Gomes (PDT-SP), que é major da PM, e está entre os que duvidam da versão oficial para o crime: Andréia; o marido, Luís Marcelo, também PM; sua mãe e sua tia teriam sido assassinados pelo filho do casal, Marcelo, de 13 anos, que teria se matado após a chacina.
O deputado foi procurado no fim de semana por policiais indignados porque o comandante do 18º BPM, Wagner Dimas, foi obrigado pelo comando da PM a desmentir entrevista afirmando que Andréia tinha denunciado os colegas.
Enquanto a polêmica domina a cena, a polícia ouviu ontem um amigo de Marcelo que contou ter sido convidado pelo menino a participar da chacina. Mas ele não acreditou que Marcelo falasse sério.
Olimpo Gomes: “Continuo batendo o pé que possa ter sido vingança de policiais”
“Eu não me convenço com a ideia de que foi o menino que matou a família. Continuo batendo o pé que possa ter sido vingança de policiais envolvidos com o crime. Se tivesse sido o crime organizado, eles teriam deixado alguma marca, e até haveria comemorações dos bandidos. Não adianta a tentativa de cerceamento do coronel (Wagner Dimas), a opinião pública quer saber a verdade. Essa questão de ter um menino com um transtorno psicótico como autor do crime suaviza o impacto na Segurança. É uma tentativa de preservar a imagem do governo. Sempre que eu tiver informações, levarei à Corregedoria, como fiz na segunda-feira.”
Major da PM e dep. estadual do PDT de São Paulo
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