Trabalhar de madrugada pode causar até câncer
Pesquisa da USP mostra prejuízos para a saúde de quem sempre troca o dia pela noite
Rio - Trocar o dia pela noite causa diversos danos à saúde. Segundo estudo da Faculdade de Saúde Pública da USP, o hábito leva à desregulação hormonal, o que pode gerar problemas comportamentais e até o câncer. Foram analisados profissionais que trabalham durante a madrugada.
Os danos são causados, principalmente, pela exposição à luz durante a noite. Isso inibe a produção de melatonina, hormônio que elimina células cancerígenas do organismo. Mudanças no ciclo da substância estão ligadas a tumores na mama e de próstata. Além disso, a produção de cortisol perdeu o ritmo natural nos trabalhadores, de modo que nervosismo e ansiedade se tornam constantes, assim como doenças gastrointestinais. “A perda dos hormônios deixa a ‘porta aberta’ para o câncer, mas pode ser que as células cancerígenas nunca se aproveitem”, explicou a bióloga e doutora em Saúde Pública Érica Lui Reinhardt, autora da pesquisa.
O estudo analisou 38 metalúrgicos divididos em dois grupos: com jornada das 21h às 6h e das 7h às 17h. Todos os que atuavam à noite apresentaram algum grau de prejuízo na produção de hormônios. A qualidade do sono também ficou comprometida. “Ninguém pode dormir na hora que achar melhor. O organismo mostra que não é para você estar dormindo”, alertou.
MUDANÇA DE TURNO
As soluções para quem trabalha à noite são limitadas. A pesquisadora sugeriu que as empresas alternem os profissionais de acordo com os turnos. Quem não tem a opção deve repensar o futuro da carreira. “É importante não fazer isso por muitos anos”.
O início dos prejuízos causados pela mudança recorrente no horário do sono é variável de acordo com a pessoa. Enquanto alguns são impactados pelo cansaço e irritabilidade logo nos primeiros dias, outros podem demorar anos até desenvolverem sintomas.
Os danos são causados, principalmente, pela exposição à luz durante a noite. Isso inibe a produção de melatonina, hormônio que elimina células cancerígenas do organismo. Mudanças no ciclo da substância estão ligadas a tumores na mama e de próstata. Além disso, a produção de cortisol perdeu o ritmo natural nos trabalhadores, de modo que nervosismo e ansiedade se tornam constantes, assim como doenças gastrointestinais. “A perda dos hormônios deixa a ‘porta aberta’ para o câncer, mas pode ser que as células cancerígenas nunca se aproveitem”, explicou a bióloga e doutora em Saúde Pública Érica Lui Reinhardt, autora da pesquisa.
O estudo analisou 38 metalúrgicos divididos em dois grupos: com jornada das 21h às 6h e das 7h às 17h. Todos os que atuavam à noite apresentaram algum grau de prejuízo na produção de hormônios. A qualidade do sono também ficou comprometida. “Ninguém pode dormir na hora que achar melhor. O organismo mostra que não é para você estar dormindo”, alertou.
MUDANÇA DE TURNO
As soluções para quem trabalha à noite são limitadas. A pesquisadora sugeriu que as empresas alternem os profissionais de acordo com os turnos. Quem não tem a opção deve repensar o futuro da carreira. “É importante não fazer isso por muitos anos”.
O início dos prejuízos causados pela mudança recorrente no horário do sono é variável de acordo com a pessoa. Enquanto alguns são impactados pelo cansaço e irritabilidade logo nos primeiros dias, outros podem demorar anos até desenvolverem sintomas.
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