quarta-feira, 7 de agosto de 2013

Ibope diz que 84% querem reforma política para 2014

Ibope diz que 84% querem reforma política para 2014

Maioria também não aprova que empresas façam doações às campanhas políticas

O DIA
Brasília - Uma das bandeiras das manifestações de rua em junho e julho, a reforma política tem o apoio da maioria da população. É o que revela pesquisa do Ibope divulgada ontem em que 85% dos entrevistados se disseram favoráveis à reforma, sendo que 84% querem que as mudanças valham já para as eleições do ano que vem. Ainda segundo levantamento, 92% querem que as alterações aconteçam através de projeto de lei de iniciativa popular. O tema está em análise no Congresso há mais de vinte anos.
O levantamento foi encomendado pelo Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE), integrado por 51 entidades, entre as quais Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB). De acordo com a pesquisa, 78% também não aprovam que empresas façam doações às campanhas. Além disso, 80% defendem a imposição de limites de gastos para uso em propaganda. Para 90%, a pena para caixa 2 deve ser mais rigorosa. A pesquisa foi feita com 1.500 pessoas, maiores de 16 anos, entre 27 a 30 de julho, com margem de erro de 3 pontos percentuais para mais ou menos.
Em resposta às ruas, a presidenta Dilma Rousseff acenou com um plebiscito para definir a reforma política, mas a proposta dividiu o Congresso. Ontem, senadores anunciaram que começam a votar semana que vem alguns pontos da reforma. Mas para ter validade em 2014, é preciso que as alterações sejam votadas até outubro.
Oito anos de prisão a caixa 2
A pesquisa dá força à campanha do MCCE que coleta assinaturas para projeto de lei próprio sobre a reforma política. A proposta prevê, entre outros, pena de até oito anos de prisão para caixa 2, fim do financiamento de campanhas por empresas privadas e eleição para o Legislativo em dois turnos — no primeiro, para escolher partidos e no segundo, candidatos. “Temos que aplicar com rigor a ficha limpa e punir severamente a compra de votos nesse país”, afirmou Marcus Vinicius Coelho, presidente da OAB. Para ser votado no Congresso, projeto precisa de 1,6 milhão de assinaturas até dia 28.

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