sexta-feira, 9 de agosto de 2013

Gurgel se diz frustrado por deixar cargo antes do fim do processo do mensalão

Gurgel se diz frustrado por deixar cargo antes do fim do processo do mensalão

Procurador disse que preferia deixar posto após condenações

O DIA
Roberto Gurgel, procurador-geral da República
Foto:  Reprodução Internet
Brasília – O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, disse nesta quinta-feira se sentir frustrado por deixar o cargo antes da conclusão do julgamento da Ação Penal 470, o processo do mensalão. O mandato de Gurgel termina no próximo dia 15. E no dia anterior, o Supremo Tribunal Federal (STF) começa a julgar os recursos dos condenados no caso.
“Frustração, existe sim. Eu preferia deixar o cargo com a decisão condenatória já sendo cumprida efetivamente, ou seja, com a perda de mandato dos parlamentares e com a expedição dos mandados de prisão em relação àqueles réus condenados a penas privativas de liberdade”, disse, após participar do 1° Congresso Pensar, do Ministério Público Federal.
O procurador-geral da República, no entanto, observou que o Ministério Público é uma instituição em que impera a impessoalidade e seu substituto irá conduzir o trabalho da melhor forma.
Com a saída de Gurgel, a presidenta Dilma Rousseff irá indicar o novo procurador-geral, que precisa ser aprovado pelo Senado. Até que isso ocorra, o vice-presidente do Conselho Superior do Ministério Público Federal assumirá interinamente o cargo. Como o mandato da atual vice-presidenta, Maria Caetana Cintra, se encerra antes mesmo do mandato de Gurgel, o procurador-geral informou que irá convocar uma sessão extraordinária do conselho, para o dia 13 de agosto, para que seja eleito um novo vice-presidente.
Na avaliação de Gurgel, o ideal é que no ato de sua saída fosse possível transmitir o cargo para o novo procurador-geral. “Infelizmente, tem demorado muito. Nas últimas três oportunidades, pelo menos, houve essa interinidade que é indesejável e não faz bem à instituição”, disse.
    Tags: Gurgel , Mensalão

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