quinta-feira, 8 de agosto de 2013

Governo tecnocrata tcheco cai após não superar votação de confiança

Governo tecnocrata tcheco cai após não superar votação de confiança

Executivo seguirá de forma interina até que o presidente do país encarregue de novo a formação de um governo

EFE
Praga - O governo tecnocrata da República Tcheca, liderado pelo ex-social-democrata Jiri Rusnok desde o final de junho, caiu nesta quarta-feira depois de não conseguir aprovar uma moção de confiança no Parlamento. A equipe de Rusnok fracassou em uma câmara dividida entre uma frágil coalizão de centro-direita, com uma exígua maioria de 100 cadeiras sobre 198, e os social-democratas e comunistas que lhe apoiavam, embora só tenham conseguido reunir 92 votos, informou a televisão pública tcheca.
O Executivo seguirá de forma interina por um tempo indeterminado, até que o presidente do país, Milos Zeman, encarregue de novo a formação de um governo. "Apresentaremos a renúncia imediatamente, amanhã ou depois, quando seja necessário", disse Rusnok, a partir de hoje o primeiro-ministro interino do país. O chefe do Executivo se mostrou satisfeito que a sessão de hoje tenha servido "de catalisador para o início do processo de eleições antecipadas", para o que é preciso uma maioria qualificada de 120 cadeiras.
A decisão da formação conservadora TOP 09, antigo membro do governo de centro-direita, de apoiar essa convocação eleitoral antecipada, tal como deseja a esquerda, assegura os votos necessários para que dita possibilidade tenha êxito. O anterior gabinete conservador de coalizão caiu no último mês de junho abalado por supostos delitos de corrupção e abuso de poder de colaboradores próximos, entre eles a chefe de gabinete do então primeiro-ministro Petr Necas.
Até agora os conservadores rejeitaram antecipar o pleito porque as enquetes lhes são desfavoráveis após anos de impopulares políticas de austeridade e vários escândalos de corrupção. As últimas semanas estiveram marcadas por um enfrentamento entre a presidência e os partidos de centro-direita no Parlamento, que consideram que deveriam ter sido eles os que formassem o novo governo por contar com maioria na câmara.

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