quinta-feira, 15 de agosto de 2013

CPI dos Ônibus: PM reforça segurança na Câmara Municipal

CPI dos Ônibus: PM reforça segurança na Câmara Municipal

Manifestantes tentam enfrentar os militares, que fecharam as entradas laterais da Câmara nas ruas Alcindo Guanabara e Evaristo da Veiga

ANGÉLICA FERNANDES
Rio - Policiais militares reforçam a segurança na Câmara de Vereadores, no Centro do Rio, onde será realizada a primeira audiência da CPI dos Ônibus, na manhã desta quinta-feira. PMs cercaram os acessos à Casa e cerca de 30 manifestantes, alguns mascarados, tentam enfrentar os militares, que fecharam as entradas laterais da Câmara nas ruas Alcindo Guanabara e Evaristo da Veiga.
Na primeira reunião deliberativa da CPI nesta quinta, um relatório do Tribunal de Contas do Município (TCM), com mais de 7 mil folhas, será distribuído aos cinco membros da comissão. O documento, que detalha toda investigação do órgão sobre a licitação dos ônibus em 2010, será disponibilizado na íntegra a partir desta sexta no site da Câmara.
Grupo acampado em frente à Câmara
Foto:  Fernando Souza / Agência O Dia
Nesta quinta, um membro do TCM, um da Ordem dos Advogados do Brasil  e outro do Ministério Público devem assistir à reunião, que deve ser relizada na Sala do Cerimonial, onde cabem somente 50 pessoas.
Vereadores podem recorrer à Justiça para anular reunião
Justiça poderá ser acionada para impedir o andamento da CPI dos Ônibus. Oito vereadores da oposição pretendem recorrer aos tribunais pedindo a anulação dos trabalhos, caso o presidente da Câmara, Jorge Felippe (PMDB), não reavalie a comissão — formada por quatro vereadores da base governista que não assinaram o pedido de abertura da CPI. Nesta quarta-feira, ele já adiantou que não vai interferir e que a primeira reunião está mantida para 10h desta quinta.
Ativista ergue Bandeira do Brasil em frente à tropa de PMs, chamada para conter tumulto que teve chuva de ovos à saída de vereadores da Câmara
Foto:  Fernando Souza / Agência O Dia
“Parece um cachorro atrás do rabo. É sempre a mesma coisa e eu já disse que não há o que fazer. Não posso anular uma reunião (a de sexta-feira) em que a ata foi assinada pelos cinco integrantes reconhecendo a legalidade da Comissão. Isso é desrespeitar a lei e o regimento”, explicou Jorge Felippe.
No início da noite, um grupo de 30 manifestantes bloqueou os portões da Casa e houve tumulto na saída de vereadores. Jorge Felippe só conseguiu deixar o Palácio Pedro Ernesto com a proteção de 300 policiais que estavam do lado de fora. Seu carro saiu por volta das 19h30 sob uma chuva de ovos. Mais cedo, outro vereador, Luiz Carlos Ramos (PSDC), foi atingido por pedras. Uma senhora que passava na rua também foi alvejada.
Os onze manifestantes que ocupam as dependências da Câmara desde sexta-feira se reuniram na tarde desta quarta com o presidente da Casa. Eles questionaram a legalidade da comissão e pediram melhores condições para permanência lá dentro. Uma lista de solicitações, como a possibilidade de tomar banho nas dependências do Palácio, ainda será encaminhada à presidência.
Os manifestantes que estão dentro da Casa querem convocar a bancada do PMDB para um diálogo. “Já que o presidente não preside e não tem poder algum, queremos falar com o partido para mudar o regimento”, conclui um dos manifestantes

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