sábado, 13 de julho de 2013

Sono perdido não pode ser recuperado, alerta estudo

Sono perdido não pode ser recuperado, alerta estudo

Dormir mais horas no fim de semana altera hormônios e pode causar doenças

O DIA
Rio - O fim de semana chegou e você, que sempre dorme menos do que sete horas por noite, planeja colocar seu sono em dia. Certo? Errado, alerta estudo apresentado em evento da Sociedade Americana de Endocrinologia. Isto pode desajustar mais seu relógio biológico, o que aumenta riscos de diabetes, obesidade e fadiga crônica. 
O ideal é dormir entre sete e oito horas por noite, sete dias por semana
Foto:  Reprodução
Segundo a endocrinologista Andressa Heimbecher, da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, a prática causa desequilíbrio dos hormônios cortisol e insulina, já que é preciso um número regular de horas de sono para que haja liberação adequada deles, além da leptina e ghrelina. “Quando uma pessoa apresenta padrão desorganizado de sono, ocorre o ‘desalinhamento’ no relógio biológico e o corpo passa a perder o ritmo. O sono então ocorre em horas em que deveríamos estar alertas (no trânsito, por exemplo), o que gera fadiga crônica”, exemplifica. 
O nível de cortisol (ligado ao estresse) aumenta, o que acarreta crescimento dosníveis de glicose no sangue — fator que desencadeia diabetes. Já o risco de obesidade se deve à redução da leptina (que gera saciedade) e ao aumento da ghrelina (que causa fome). “Isso faz crescer o hábito de ‘beliscar’ entre as refeições. A fome aparece em horários diversos, sem ligação com o fato de se estar alimentado ou não”, explica.
A médica sugere que as pessoas tentem equilibrar as horas de sono durante os sete dias da semana. Se não for possível, é preciso investir na qualidade do sono. O ideal é dormir cerca de oito horas por noite. “Durma num ambiente escuro e de temperatura agradável. Duas horas antes de se deitar, não faça exercícios nem consuma bebidas com cafeína ou refeições pesadas. É bom fazer exercícios de manhã cedo e, de dia, ficar o máximo de tempo na claridade, se possível no sol.” Segundo a médica, um bom sono não se faz apenas com quantidade e qualidade. “Ele se faz também com regularidade”.


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