sexta-feira, 19 de julho de 2013

Mocidade: Marcos Maya assume coordenação da ala de passistas

Mocidade: Marcos Maya assume coordenação da ala de passistas

Com formação profissional em teatro, sambista faz seleção na quadra todas as quartas

O DIA
Rio - Das luzes da ribalta para o palco do maior Carnaval do mundo. Assim pode ser resumida a trajetória de Marcos Maya, 27 anos, novo coordenador da ala de passistas da Mocidade Independente. Ator profissional e diretor teatral, Maya estreia na função com o desafio de reformular a ala e formar um novo grupo de show para a escola.
É uma oportunidade para quem tem ou não experiência. “O que eu observo é se a pessoa tem expressão corporal e presença cênica”, avisa Marcos, que faz a seleção toda quarta-feira, a partir de 20h, na quadra da Mocidade. O objetivo é levar para a Passarela do Samba uma ala com 70 passistas adultos, metade de cada sexo, e dez crianças.
O ator-passista garante que “qualquer um é capaz de fazer uma coreografia” e que, por isso, quem fizer o teste – a duração é de cerca de vinte minutos - tem grandes chances de integrar um dos elencos, seja o de desfile, seja o de apresentações da ala. “O mais importante é que esteja disposto a somar”, recomenda.
Marcos Maya vai coordenar ala de passistas
Foto:  Divulgação

Na composição do seleto grupo, entretanto, a prioridade é trazer de volta integrantes que tenham se afastado da escola nos últimos anos. Marcos Maya define seu trabalho como sendo de “interpretação com samba”. Isto porque, explica o profissional, o teatro veio primeiro em sua vida e foi o responsável por sua aptidão pela dança. “Costumo dizer que eu não sambo muito; eu interpreto muito!”, diz. “Eu gosto de um trabalho com pique de show, de espetáculo; carnaval tem que ser ousado”, vibra o sambista.
As inovações do novo coordenador de passistas da Mocidade passam também pelo método de treinamento do grupo. O samba no pé é requisito básico e obrigatório para o desfile na Sapucaí. Mas os componentes terão também aulas de expressão facial, corporal, comunicação gestual e de técnicas teatrais. “Meu diferencial é combinar samba, teatro e dança”, ressalta.
Morador de Guadalupe, Marcos Maya viveu em Portugal dos dois aos nove anos de idade, por conta da profissão do pai. O passista é filho de Paulo Rogério da Silva, o Pingo, jogador de futebol que brilhou em clubes como Bangu, Flamengo e Porto, entre meados da década de 1980 e 1990.
O primeiro contato de Marcos com o samba, aos 18 anos, foi na antiga quadra da Mocidade, na Vila Vintém. “Quando vi os passistas, fiquei vidrado e disse: eu quero ser aquilo ali!”. Chegou a desfilar em uma ala coreografada, depois na ala de passistas (por um ano) e, no último carnaval, como passista-show em uma alegoria.

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