quinta-feira, 4 de julho de 2013

Jogadores da Seleção se valorizam com título da Copa das Confederações

Jogadores da Seleção se valorizam com título da Copa das Confederações

Atletas tiveram seus passes valorizados com conquista

RODRIGO STAFFORD

Rio - Se o futebol fosse o mercado financeiro, a Seleção seria uma empresa com as ações em alta e o Maracanã lotado bem que poderia ser comparado a um pregão da bolsa de valores. O título da Copa das Confederações serviu para valorizar ainda mais os jogadores. Para se ter uma ideia, no dia seguinte, o volante Paulinho se despediu do Corinthians e acertou com o Tottenham, da Inglaterra, por R$ 53 milhões.
Festa da seleção brasileira no Maracanã
Foto:  André Mourão / Agência O Dia
“A seleção brasileira é uma vitrine tipo A, que se compara aos grandes clubes europeus. Como o time é um pouco envelhecido, o impacto é pequeno. No entanto, o Paulinho vem se valorizando. Em breve estará valendo 30 milhões de euros (R$ 88,4 milhões). Hoje ele já vale 25 milhões de euros (R$ 73 milhões) só por ter ido para o Tottenham, que está na Liga dos Campeões e na Premier League”, diz Fernando Pinto Ferreira, da Pluri Consultoria.
O economista, especializado em pesquisa de mercado e gestão e marketing esportivo, aponta Luiz Gustavo como o jogador que mais se valorizou. O volante do Bayern de Munique venceu todos os torneios que disputou nesta temporada (Liga Alemã, Copa da Alemanha, Liga dos Campeões e Copa das Confederações). “Um jogador que tinha valor de mercado médio para os padrões europeus e valorizou foi o Luiz Gustavo. Conseguiu visibilidade por virar titular na Seleção”, aponta Fernando.
Embora de formas diferentes, dois jogadores que também aproveitaram as boas atuações para serem valorizados foram Neymar e Julio Cesar. O novo craque do Barcelona mudou de patamar enquanto o goleiro, apesar dos 34 anos, conseguiu se reposicionar no mercado com o rebaixamento do Queens Park Rangers e agora interessa times como Arsenal e Roma.
“O Neymar valorizou de R$ 162 milhões para R$ 200 milhões porque mudou a vitrine e o mundo está de olho nele agora. Já o Julio Cesar ganhou espaço no mercado. Não financeiramente por causa da idade, mas de visibilidade por conta das boas atuações”, explicou Fernando.
Lucas desce, Bernard sobe
Nem todos os jogadores da seleção brasileira saíram por cima após a Copa das Confederações. O meia-atacante Lucas foi um dos que não aproveitou a boa campanha da equipe de Felipão e vive um momento de afirmação no mercado da bola.
“O Lucas está em viés de baixa. Custou 39 milhões de euros ao Paris Saint Germain, é novo, mas na segunda metade da temporada não se consolidou. Não foi titular e começa a ser preterido na seleção. Para pagar quase 40 milhões de euros tem que ser um astro de primeira linha e titular da sua seleção”, afirmou Fernando, da Pluri consultoria, que vê Bernard, do Atlético-MG, que vem sendo assediado pelos alemães do Borussia Dortmund e os ingleses do Tottenham, em melhor fase do que Lucas.
Outro jogador da Seleção que foi negociado durante a Copa das Confederações foi o volante Fernando, do Grêmio. O jogador vai jogar no Shakhtar Donetsk, da Ucrânia, que desembolsou R$ 36 milhões, dentro do seu valor de mercado que gira em torno de R$ 34 milhões.


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