sábado, 6 de julho de 2013

Dois acidentes de ônibus deixam 31 feridos

Dois acidentes de ônibus deixam 31 feridos

No primeiro, coletivos se chocaram em Madureira, causando caos no trânsito. A segunda colisão, em Deodoro, envolveu um trem de serviço da SuperVia e um ônibus

AMANDA RAITER
Rio - Dois acidentes envolvendo ônibus deixaram 31 pessoas feridas, nesta sexta-feira, na Zona Norte do Rio. O primeiro ocorreu por volta das 7h30, quando um coletivo da linha 383 (Realengo - Tiradentes) colidiu com outro da linha 746 (Jabour - Cascadura) na Rua João Vicente, altura da Estação de Madureira.
Quatorze pessoas tiveram ferimentos leves. Já em Marechal Hermes, na tarde de ontem, um ônibus da linha 378 (Marechal Hermes - Castelo) invadiu a linha férrea da Supervia e se chocou com um trem de manutenção. O acidente teve 18 vítimas, sendo que 17 foram encaminhadas aos hospitais Albert Schweitzer, Carlos Chagas e Getúlio Vargas. Cinco ainda continuam internadas.
A Supervia informou, em nota, que a passagem em nível se encontra em perfeito funcionamento, com comunicação luminosa e sonora, de acordo com as normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). Já a Secretaria Municipal de Transportes ordenou a suspensão do motorista preventivamente até que as investigações sejam concluídas.
Segundo a SuperVia, o ônibus desrespeitou o sinal da passagem de nível
Foto:  Jadson Marques / FolhaPress
A 30ª DP (Marechal Hermes), onde o caso foi registrado, requisitou as imagens das câmeras de vídeo do ônibus. Uma câmera do 9º Batalhão de Polícia Militar (Rocha Miranda), instalada no local, também será analisada. Com isso, será possível saber se o ônibus avançou o sinal ou se o aparelho não armou.
Caso fique comprovado a imprudência do motorista do ônibus, ele poderá ser indiciado por lesão culposa. A Agetransp, agência responsável por fiscalizar os transportes públicos do Rio, informou que abriu um boletim de ocorrência para apurar as causas do acidente.
O dia em que Madureira parou ...
Por causa do acidente entre os dois ônibus em Madureira, um grande engarrafamento se formou na região. As vítimas receberam primeiros socorros no local. Como as faixas do sentido Oswaldo Cruz ficaram ocupadas pelos coletivos, que aguardavam a perícia, toda a Rua João Vicente teve de ser fechada neste sentido.
Com o bloqueio, os reflexos chegaram até a Estrada Intendente Magalhães e à Avenida Dom Hélder Câmara. Para evitar que mais motoristas ficassem presos no congestionamento, a CET-Rio fechou o Mergulhão Clara Nunes das 10h até as 11h30m.
Veículos ficaram na pista aguardando perícia e travaram o trânsito
Foto:  Carlos Eduardo Cardoso / Agência O Dia
Prefeitura cassa seis linhas de ônibus da Translitorânea
A Prefeitura do Rio cassou ontem o direito de a empresa Translitorânea operar seis linhas: 521 (São Conrado- Botafogo, via Copacabana), 522 (São Conrado-Botafogo, via Jóquei), 546 (São Conrado- Leblon, via Estrada da Gávea), 591 (São Conrado-Leme, via Copacabana), 592 (São Conrado-Leme, via Rocinha) e 593 (Leme-São Conrado, via Rocinha).
O consórcio Intersul vai assumir a operação sem prejuízo para a continuidade dos serviços. A Secretaria Municipal de Transportes (SMTR) informou que definirá novos itinerários no prazo de 30 dias.
Esta é a primeira vez que uma empresa perde linhas desde a licitação do sistema, em 2010. A empresa já tinha sido notificada, advertida e multada pela SMTR por operar abaixo da frota determinada. O secretário Carlos Roberto Osorio não descarta outras punições, principalmente na Zona Oeste.
Transtornos para passageiros das barcas pela segunda vez em uma semana
Os usuários das barcas enfrentaram mais uma manhã de caos nesta sexta. A segunda nesta semana. Além de um catamarã que apresentou problemas na quarta-feira e ainda estava em reparos ontem, o serviço ficou sem mais uma embarcação, que parou por 25 minutos, por volta das 8h.
O tempo foi suficiente para formar extensas filas nos acessos à estação Arariboia. Nas redes sociais, o assunto repercutiu: “Barcas novamente com problemas”, reclamou Celso Freitas, no Twitter.
Fiscais da Agência Reguladora dos Transportes Públicos (Agetransp) foram apurar as circunstâncias da insatisfação generalizada dos usuários ontem. A ação ocorreu após o TCE-RJ ter criticado a fiscalização que vem sendo feita pelo órgão. “A agência reguladora não está cumprindo a contento a sua missão”, afirmou o presidente do TCE-RJ, Jonas Lopes de Carvalho.
A falta de manutenção das embarcações está entre principais problemas encontrados. De acordo com uma auditoria realizada entre fevereiro e maio deste ano, oito embarcações deveriam ter sido substituídas, pois são muito antigas. E não houve, por parte da Agetransp, qualquer iniciativa para aplicação de multa.
Também foi detectado que a agência não possui mão de obra técnica qualificada.
Outra falha grave apontada pelo TCE seria em relação ao valor das tarifas, cuja tabela está desatualizada no site da agência.


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