quinta-feira, 11 de julho de 2013

Dia de manifestações começa com bloqueios em rodovias

Dia de manifestações começa com bloqueios em rodovias

Motoristas que saem da capital paulista rumo ao interior pela Rodovia Anhanguera encontraram interdição da pista

O DIA
São Paulo - O Dia Nacional de Luta, promovido pelas centrais sindicais, começou com interdições de rodovias nesta quinta-feira. Os motoristas que saem da capital paulista rumo ao interior pela Rodovia Anhanguera encontraram interdição da pista próximo ao quilômetro 30, no município de Cajamar.
A concessionária que administra essa estrada, a AutoBan, recomenda como alternativa a Rodovia dos Bandeirantes, que tem tráfego fluindo bem nos dois sentidos.
Mais dois bloqueios ocorrem na Rodovia Cônego Domenico Rangoni, no km 268 (Baixada Santista), caminho que leva ao Porto de Santos, e na Rodovia Presidente Dutra, que liga a cidade de São Paulo ao Rio de Janeiro, com interdição próximo a São José dos Campos.
Manifestações marcam a quinta-feira em todo o país
A quinta-feira promete ser de intensas manifestações no Brasil. Os protagonistas são os trabalhadores, que fazem marchas, protestos e fecham rodovias em todo o país.
As principais reivindicações são pelo fim do fator previdenciário, pela redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais, sem redução de salários, pela aceleração da reforma agrária e pela aplicação de 10% do Produto Interno Bruto (PIB) na educação e de 10% do Orçamento da União para a saúde. Organizações sindicais e o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) organizam o ato.
Metalúrgicos e trabalhadores da construção civil, bem como operários de obras do Programa de Aceleração do Crescimento, devem aderir totalmente ao movimento. Outras categorias devem parar parcialmente, como bancários e funcionários da área de telefonia.
Em São Paulo, por exemplo, está previsto o fechamento da Marginal Tietê, das avenidas do Estado, da Jacu-Pêssego e da Radial Leste, e das rodovias Anchieta, Anhanguera, Bandeirantes, Castelo Branco, Raposo Tavares, Fernão Dias, Dutra e Mogi-Bertioga. A partir do meio-dia, trabalhadores farão um grande ato na Avenida Paulista.
No Centro do Rio de Janeiro, a concentração será na Candelária, a partir das 15h. Em Minas Gerais, trabalhadores da educação, saúde e os eletricitários devem paralisar as atividades.
Outras rodovias também devem ser fechadas por manifestantes. Entre elas estão a BR-101, no município de Itajaí (SC), a BR-364, em Jaru (RO), as BRs-324, 101, 242, em Feira de Santana (BA), e a BR-381, em Ipatinga (MG).
Na capital federal, trabalhadores vão se concentrar às 15h no Museu da República. A Polícia Militar fará o deslocamento de 700 policiais para o local a partir das 13h.
“A nossa mobilização é no sentido de pressionar, tanto o Legislativo quanto o Executivo, para que nossas pautas históricas, que estão há muito tempo nos dois Poderes, possam avançar”, explicou Carmem Foro, vice-presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT). Zé Maria de Almeida, da CSP-Conlutas, destacou a continuidade das manifestações, que começaram em junho. “O protesto vai ser muito forte. Vamos ter greves em centros grandes. Depois das mobilizações de rua que pararam o país, entram as entidades organizadas”.
De acordo com o presidente da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva (Paulinho da Força), a intenção dos organizadores não é apenas serem recebidos pela presidenta Dilma Rousseff. “Esperamos que a presidenta atenda às reivindicações. Ela precisa atender, ela já sentou para conversar com a gente três vezes e não resolveu nada. Se ela não atender, vamos continuar nos mobilizando”.


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