domingo, 30 de junho de 2013

Marcos Espínola: O povo nas ruas

Marcos Espínola: O povo nas ruas

A mensagem para todas as autoridades é que a paciência acabou

O DIA
Rio - Não somos palhaços. Esse é o principal recado, entre tantos emitidos, que o povo deixou claro em todas as manifestações Brasil afora. A mensagem para todas as autoridades é que a paciência acabou e que a partir de agora brigaremos bravamente pelos nossos direitos e contra a corrupção, o maior mal que impede o crescimento da nossa nação. O que vimos nas ruas foi uma demonstração de força e coragem do povo brasileiro.
Em verdade, a reivindicação por conta da passagem foi apenas o estopim de uma indignação entalada na garganta de cada um quanto a inúmeros casos de corrupção, desvio do dinheiro público, descaso, injustiça social, etc. Desde o setor mais alto do país, a Presidência da República, até os segundos e terceiros escalões, a roubalheira come solta há muito tempo, e tolos são aqueles que achavam que a população não estava atenta. Pode até ter demorado a reagir, mas, como as vozes nas ruas disseram, “o gigante acordou”.
Chega de aceitar ser tratado como bobo, empurrando PEC disso, bolsa daquilo. Chega de fingir que há governo sério e preocupado com o bem coletivo. Chega de utilizar o poder para atender a favores partidários, como um número absurdo de ministérios, numa estrutura que mais parece a de Ali Babá e os 40 ladrões.
Temos que ver com muito cuidado o plebiscito que já estão articulando para fingir que ouvem o povo, pois em verdade os questionamentos serão elaborados por quem está no poder há décadas e, provavelmente, não serão condizentes com o que realmente a sociedade almeja, como o fim do voto obrigatório, do financiamento público de campanha, maior transparência da gestão pública, qualidade na Saúde, na Educação e na Segurança.
Um plebiscito que se preze deve se basear nas reivindicações dos protestos populares. Fica o recado para os ‘engraçadinhos’ do Congresso. O povo não é palhaço e dificilmente vai tolerar novas tentativas de tirá-lo como bobo. Se isso acontecer, continuaremos nas ruas.

Advogado criminalista


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