sábado, 15 de junho de 2013

Manifestantes criticam remoções de famílias por causa de obras para Copa

Manifestantes criticam remoções de famílias por causa de obras para Copa

'Temos um estudo da ONU que mostra que há 100 mil famílias sendo despejadas direta ou indiretamente', comentou protestante

AGÊNCIA BRASIL
São Paulo – O movimento Copa pra Quem? reuniu, nesta sexta-feira, cerca de mil pessoas em frente ao escritório regional da Presidência da República, na avenida Paulista, segundo o cálculo de organizadores. De acordo com a Polícia Militar, no entanto, havia aproximadamente 350 manifestantes.
Os participantes do ato, que partiram do vão livre do Museu de Arte de São Paulo (Masp), repudiam a remoção compulsória de centenas de pessoas de suas casas em razão das obras preparatórias para a Copa do Mundo e a Copa das Confederações.
“Temos um estudo da própria ONU [Organização das Nações Unidas] que mostra que há 100 mil famílias sendo despejadas direta ou indiretamente por causa das obras da Copa. Esses eventos estão aquecendo a especulação imobiliária, fazendo com que os trabalhadores sejam jogados ainda mais para longe”, disse Guilherme Boulos, do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST).
Durante o trajeto do Masp até o escritório da Presidência, os manifestantes ocuparam duas das oito faixas da Avenida Paulista. Não houve registro de conflito.
“Esses milhares de famílias ameaçadas de remoção querem a imediata paralisação dessa ação [retirada das pessoas de suas casas] até que se possa garantir a abertura de diálogo com os governos municipal, estadual e federal”, disse Juliana Machado, do Comitê Popular da Copa.
A manifestação foi organizada também pela Central de Movimentos Populares de São Paulo.


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