Final da Copa das Confederações marcará encontro de atual campeã do mundo com o país sede da próxima Copa
MARCELO BERTOLDO E VITOR MACHADO
Rio - A decisão dos sonhos de todo amante do futebol-arte está marcada. Domingo, às 19h, no Maracanã, a Seleção pentacampeã do mundo medirá forças com a Espanha, considerada a melhor equipe do planeta no momento. Se os espanhóis apostam na posse de bola para conquistar a sua primeira Copa das Confederações, os brasileiros têm na força de sua torcida a sua maior arma para buscar o tetra.
Parreira fez com a final da Copa das Confederações
Foto: André Luiz Mello / Agência O Dia
“A Espanha é um time muito forte e técnico. Na primeira fase, jogou praticamente um jogo a menos, pôde poupar os titulares contra o Taiti. Eles vêm ganhando tudo, mas o Brasil vai jogar de igual para igual. Jogamos em casa”, garante o técnico Luiz Felipe Scolari.
A confiança dos brasileiros, expressada por Felipão, é amplificada pela voz do coordenador técnico Carlos Alberto Parreira. Ele aposta que a invencibilidade de 29 jogos da Espanha, atual campeã do mundo e bicampeã da Europa, está com os dias contados. “Está na hora e vai acontecer”, garante.
Parreira é tetracampeão mundial e sabe que time com ambição não pode escolher adversário. Mas admite que, embora mais temida, a Espanha era a adversária preferida da opinião pública, ávida por um grande espetáculo.
“Esse era o jogo que o mundo todo esperava. A gente não escolheu adversário, mas já que veio a Espanha, é muito bem-vinda. O Brasil está num momento sensacional, ganhou confiança, tem uma cara, o Felipão fez um trabalho maravilhoso durante um mês, estamos há cinco jogos sem perder atuando contra campeões do mundo. Temos uma grande expectativa, sabendo que iremos jogar muito bem” garantiu. Julio Cesar confessa provocação a Forlán
Não faltou malandragem ao Brasil para superar a catimba uruguaia no Mineirão. Antes mesmo de Neymar responder às ofensas Álvaro González com dois beijinhos, Julio Cesar já havia iniciado o processo provocação com o amigo Forlán, um pouco antes de defender a cobrança de pênalti que o transformaria no protagonista da semifinal.
“Jogamos no Inter de Milão por um ano. Fiz uma brincadeira e disse que ele bateria forte e no meio do gol. Forlán olhou para mim, riu e acabou se entregando. Tirei uma opção dele. Não sei se ele iria cobrar no meio, mas acho que ele pode ter se desestabilizado”, disse o goleiro.
Com a Espanha pela frente na decisão da Copa das Confederações, Julio Cesar terá agora a chance de realizar não apenas o desejo de um grupo de amigos, mas também de milhões de torcedores que sonhavam com o duelo:
“Não tenho preferência, mas meus amigos, eles gostariam de ver um Brasil e Espanha”. Cansaço não impede time de ver a vitória espanhola
A Seleção chegou ao Rio por volta das 16h30 de ontem ao hotel onde ficará concentrada até domingo, dia da decisão contra a Espanha, no Maracanã.
A cara de quem dormiu mal durante a viagem de Daniel Alves, que descansava encostado na janela, era o retrato do cansaço dos jogadores, que passaram rapidamente pelos jornalistas e subiram para assistir ao segundo tempo do jogo entre Espanha e Itália. O único que quebrou o silêncio foi o goleiro Julio César.
“Não deu para ver o primeiro (tempo)”, lamentou. Apenas um pequeno grupo de torcedores esperava pela chegada dos ídolos. Neymar, Oscar e Hulk foram até a sacada do quarto, acenaram para os fãs e fizeram a alegria da galera. Já o latera-esquerdo Marcelo recebeu a visita da mulher e do filho no hotel.
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