Rio -  As vilas olimpícas da Baixada respiram ares de campeões. As sete praças de esporte da região — Duque de Caxias, Nova Iguaçu, São João de Meriti, Nilópolis, Belford Roxo, Queimados e Mesquita — são os espaços onde os novos talentos do esporte são garimpados.

Os jogadores de futebol Cidinho, do Botafogo, e Rodolfo, do Flamengo, são alguns dos exemplos. Ambos surgiram em vilas olímpicas da Baixada.
Na Vila Olímpica de Queimados, a preparação para os Jogos da Baixada está em ritmo acelerado | Foto: Alexandre Vieira / Agência O Dia
Na Vila Olímpica de Queimados, a preparação para os Jogos da Baixada está em ritmo acelerado | Foto: Alexandre Vieira / Agência O Dia
As vilas também abrem as portas para quem sonha em praticar esportes não tão comuns na região, como o judô e o tênis. As atividades mais procuradas ainda são o futebol, o basquete e o vôlei. O melhor é que é tudo de graça. O atleta não precisa pagar nada.

As vilas também são a base da preparação das prefeituras que participam dos Jogos da Baixada, principal evento sócio-esportivo da região, promovido pelo DIA.
Milhares de atletas e treinadores já esperam pela abertura da 16ª edição do evento, dia 18, às 14h, na Vila Olímpica de Duque de Caxias.
Aulão de ginástica na Vila Olímpica de Nova Iguaçu, no Dia da Baixada, reuniu atletas de todas as idades | Foto: Agência O Dia
Aulão de ginástica na Vila Olímpica de Nova Iguaçu, no Dia da Baixada, reuniu atletas de todas as idades | Foto: Agência O Dia
“Os Jogos da Baixada são a maior competição esportiva da região. É nela que conseguimos revelar novos valores e projetar o nosso trabalho para o país. Nova Iguaçu está se reestruturando. Vemos a competição como prioridade para o sucesso do esporte”, explica o secretário de Esporte e Lazer de Nova Iguaçu, Adriano Santos.

Ao todo, serão oito modalidades: vôlei, futsal, futebol de campo, basquete, handebol, natação, atletismo e xadrez. As modalidades são divididas em duas categorias: sub-14 (abaixo de 14 anos) e sub-17 (abaixo de 17). O objetivo é descobrir atletas em potencial para os Jogos Olímpicos de 2016.

Mais de três mil atletas são esperados nesta edição. Duque de Caxias é o maior vencedor, com oito títulos, incluindo o campeonato do ano passado.
Atacante Cidinho, do Botafogo, surgiu na Vila Olímpica de Mesquita | Foto: André Luiz Mello / Agência O Dia
Atacante Cidinho, do Botafogo, surgiu na Vila Olímpica de Mesquita | Foto: André Luiz Mello / Agência O Dia
Este ano, as treze prefeituras vão enviar atletas para participar da competição: Belford Roxo, Duque de Caxias, Guapimirim, Itaguaí, Japeri, Magé, Mesquita, Nilópolis, Nova Iguaçu, Paracambi, Queimados, São João de Meriti e Seropédica.
Espaço para a terceira idade

A turma da terceira idade também encontra espaço para a prática de exercícios nas vilas olímpicas da Baixada. Três programas dividem a atenção dos idosos da região.

Um deles é O Viver Bem Terceira Idade, que busca resgatar a prática de atividades entre os idosos. A orientação aos praticantes inclui exercícios com acompanhamento de fisioterapeutas, psicólogos e nutricionistas.

Já o programa Caminhada Orientada não é exclusivo para os idosos. É um dos mais procurados, já que a atividade não requer muito esforço físico e atrai adeptos de todas as idades.

Outro programa oferecido é a Ginástica para a Terceira Idade, que inclui a prática de exercícios específicos para os idosos. “Com a prática dos exercícios e o convívio social, muitos idosos passam a viver melhor”, revela Adriano Santos.

Talento do handebol é da seleção

As vilas olimpícas e os Jogos da Baixada já revelaram alguns talentos promissores do esporte brasileiro, como no handebol e no futebol.

O atleta de handebol João Pedro é um deles. Ele foi revelado na Escola Estadual Antônio da Silva nos Jogos Estudantis de Nova Iguaçu, disputados na Vila Olimpíca, e chamou a atenção do clube Pinheiros (SP). Hoje ele integra a seleção brasileira adulta de handebol.

No futebol, o atacante Cidinho, do Botafogo, revelado na Vila Olímpica de Mesquita, e o meia Rodolfo, do Flamengo, surgido na Vila Olímpica de Nova Iguaçu, são exemplos de que na Baixada talento também se forma em casa.