Sambista da Portela, Wanderley Monteiro comanda roda de samba que lota boteco
POR PEDRO LANDIM
Wanderley Monteiro, ao centro, toca cavaquinho e canta no Beco do Rato com percussionistas como Célio Brito (à esquerda) e Rafael Chaves | Foto: Maíra Coelho / Agência O Dia
“Cheguei a seis finais e ganhei quatro, mas ainda tenho muito a aprender na escola”, diz, modesto, o autor do sucesso ‘Vida de Compositor’, que fala justamente da tristeza de um samba derrotado na final. No Beco do Rato, a partir das 22h, além do repertório que passeia por João Nogueira, Nei Lopes, Wilson Batista, Noel Rosa, Roberto Ribeiro e outros grandes, há momentos de comunhão nas letras de Wanderley, como as palmas do público durante ‘Somos Nós’. Consagrada no Samba do Trabalhador, do Clube Renascença, a música tem refrão que pede: “Quando um samba enfeitar a voz, aplaudam, pois o samba somos nós”.
“Não há como prever um sucesso, quem rege é o público”, afirma o músico, cantor de voz encorpada que também mostra nas mesas criações recentes como ‘Chico e Nonô’, narrando as desventuras de dois trambiqueiros do mundo do samba, faixa do CD ‘Consagração’, lançado em 2012.
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