sábado, 18 de maio de 2013

Nota zero para apostilas


Nota zero para apostilas

Material da prefeitura traz erros que prejudicam 600 mil alunos do Ensino Fundamental

O DIA
Rio - A Prefeitura do Rio distribuiu apostilas com erros grosseiros a mais de 56 mil alunos do 5º ano de escolas municipais da rede.
Os Cadernos Pedagógicos de Matemática, referentes ao 2º bimestre, informam que Belém, e não Recife, é a capital de Pernambuco. No mesmo exercício, Manaus, em vez de João Pessoa, aparece como a capital da Paraíba.
As tabelas trocam as siglas e usam ‘PA’ para representar o estado da Paraíba, cuja abreviatura é ‘PB’. A capital do Maranhão, São Luís, vem escrita com ‘z’, quando a grafia correta é com ‘s’. A reportagem foi publicada nesta sexta-feira no portal de notícias ‘G1’.
Na apostila para alunos do 5º ano, Belém vira capital de Pernambuco e Manaus, da Paraíba
Foto:  Divulgação
Os equívocos foram identificados pelo irmão de aluno que utilizava a apostila. Em outro exercício, pede-se que os alunos comparem os territórios das capitais, mas os números das tabelas são mais próximos das áreas dos estados.
Em nota, a Secretaria Municipal de Educação informa que identificou os erros e enviou errata a todas as escolas da rede, no último dia 11.
E acrescentou que caberá aos professores fazer as correções nas apostilas. Em janeiro, a prefeitura empenhou R$ 3,7 milhões à Ediouro Gráfica e Editora Ltda. para pagar as apostilas que são entregues a cada bimestre.
O material é preparado por professores da rede aos mais de 680 mil alunos do Ensino Fundamental. As apostilas substituem o livro didático, entregue gratuitamente pelo Ministério da Educação.
Sindicato quer explicações
O Sindicato dos Profissionais de Educação (Sepe) vai pedir esclarecimentos à Secretaria:
“Isso demonstra a falta de autonomia dos professores, que não têm liberdade de escolher o material didático mais adequado para exercer o trabalho pedagógico”, criticou a diretora do Sindicato, Susana Gutierrez.
De acordo com o sindicato, o ideal seria que as escolas pudessem usar os livros distribuídos pelo Ministério da Educação (MEC), através do Plano Nacional do Livro Didático.
“Além do erro, há o gasto do dinheiro público”, frisa Susana. Segundo ela, os erros são constantes e não refletem a realidade de cada comunidade.

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