sexta-feira, 24 de maio de 2013

No vestiário: Artistas aquecem para o Brasileiro e exaltam carinho por clubes


No vestiário: Artistas aquecem para o Brasileiro e exaltam carinho por clubes

Leandro Sapucahy, Mart'nália, Dado Villa-Lobos e Quinho do Salgueiro comentam lado torcedor junto aos times do coração

RAFAEL ARANTES E PEDRO LOGATO
Rio - A bola vai rolar e os quase 200 milhões de brasileiros não escondem a ansiedade por mais um ano de ação no Campeonato Brasileiro. Os 20 clubes da elite nacional vão à luta pelo status de melhor time do País e prometem dar muita emoção para a galera das arquibancadas. Com início no próximo sábado, o Brasileirão está pronto para ganhar o centro das atenções por mais um ano e nem mesmo a agenda lotada das celebridades vão impedir o amor pelo esporte falar mais alto.
Entre os quatro clubes cariocas o que não falta é torcedor, inclusive alguns bastante especiais. Para comentar a ligação com o time do coração e a expectativa por mais um ano de disputa, ODIA foi atrás de alguns ilustres torcedores que também dedicam parte do tempo para o famoso cenário da bola. Para comentar um pouco sobre o assunto, Leandro Sapucahy, Mart'nália, Dado Villa-Lobos e Quinho do Salgueiro não pouparam palavras e abriram o coração.

Confira um pouco da ligação dos artistas com Flamengo, Botafogo, Fluminense e Vasco:
Leandro Sapucahy - Torcedor do Flamengo
Minha família é toda flamenguista. Pai, mãe, tios... Mas o amor veio mesmo em 1982, eu tinha 12 anos. Era uma época em que o Flamengo ganhava tudo o que se podia imaginar. Diante disso me apaixonei e me tornei realmente flamenguista. Sempre faço questão de acompanhar as notícias sobre o clube. Quando a agenda permite, sempre vou aos jogos. Na época do Maracanã quase não faltava. Cantei na festa de 116 anos e também me apresentei na chegada do Romário ao time. Os dois eventos foram ótimos, mas acho que esta recepção ao Romário, pela comoção e por ter sido o primeiro que participei, me marcou mais. Tudo bem que não deu muito certo (risos).
Vídeo:  Leandro Sapucahy em ação durante evento do Flamengo
Considero que essa nova diretoria esteja mais consciente, sabe aproveitar melhor a grandeza do clube frente aos patrocinadores, administrativamente parece mais focada. Estou esperançoso, o Flamengo vem valorizando seus trabalhadores e jogadores com os salários em dia. Quando você valoriza a sua equipe, consegue gerar mais um estímulo na busca por bons resultados.
Mart'nália é torcedora do Vasco
Foto:  Carlos Moraes / Agência O Dia
Mart'nália - Torcedora do Vasco
Essa relação toda com o Vasco começou por causa do meu pai, a grande maioria da minha família é vascaína e o Martinho não é diferente. Mas também tenho uma história de amor com o clube, até mesmo pela grande história deste Gigante, pelas conquistas. Em diversos momentos, já cheguei a receber alguns convites para cantar em eventos do Vasco, mas não consegui participar ainda. A agenda é cheia e isto complica um pouco para conseguir conciliar tudo. Mas se um dia pintar novamente espero fazer parte. Boa vascaína, tenho que soltar a voz pelo clube também (risos)
Sobre a bola rolando, sei que o momento é difícil, mas temos que mudar esse placar (risos). Tem muita gente indo embora, mas sabemos que é difícil segurar alguns jogadores. Acho que enquanto o Vasco não formar um time-base para que a gente possa voltar a lutar por conquistas. Estamos naquela fase em que alguns jogadores não têm muita bandeira e isso interfere um pouco, precisamos ter um ídolo. Aquele cara que a torcida vai cobrar e exaltar, sabendo que vai ter uma resposta bastante positiva por lado do atleta. O Vasco é isso, a gente vai dar a volta por cima.
Dado Villa-Lobos - Torcedor do Fluminense
Torço para o Fluminense desde cedo, por conta do Félix, goleiro de 70, a máquina e Rivelino. Sempre acredito que o momento pode ser bom para que possamos buscar o pentacampeonato brasileiro, mas acho que nosso principal trunfo tem que ser a contratação do Conca com urgência. Depois disso, é partir para dentro.
Vejo que alguns defeitos poderiam ser corrigidos. Não acho válido o fato de colocar o Diguinho em campo no segundo tempo, quando a partida já estiver 1 a 0, assim como não gosto o costume de recuar a equipe faltando cerca de 15 minutos para o jogo terminar. Quanto à torcida, só acho que deveria ter um pouco mais de paciência com certos jogadores.
Músico torce para o Fluminense
Foto:  Divulgação
Quinho do Salgueiro - Torcedor do Botafogo
Tudo começou com o meu já falecido tio Aurélio. Minha família é toda vascaína e meu tio era também. Numa ocasião, fui ver um jogo entre Vasco e Botafogo com ele. Eu ainda era garoto, fui de camisa do Vasco e tudo. Quando cheguei lá, o Fogão emplacou 4 a 0, aí não teve jeito. Era Rogério Bailarino, Carlos Roberto, Jairzinho Furacão... Não quis torcer mais pro Vasco. Eu era novo ainda, não entendia muito bem e virei botafoguense. E tudo foi crescendo, virou a paixão da minha vida.
No ano passado eu gravei um samba para um evento que o clube realiza anualmente e fui campeão. Vi meu samba ser cantado pela torcida, foi muito gratificante. E agora estamos vivendo essa boa fase, mas ainda acho que o Botafogo carece de um grande centroavante, não é porque fez o gol do título que o Rafael Marques virou um Roberto dos anos 60, tem que trabalhar. Mas, na minha concepção, acredito que dá para chegar junto nesse Brasileirão. Os garotos da base estão crescendo, temos o Dória, Gabriel, Jadson, Sassá, Vitinho. Além de um bom trabalho. O Botafogo está revivendo os anos áureos de 1968.
Intérprete do Salgueiro é torcedor assíduo do Botafogo
Foto:  Alex Nunes / Divulgação

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