Rio -  A falta de conservação da histórica Igreja Matriz de São João Batista, no Centro de Itaboraí, na Região Leste Fluminense, levou o Município, por determinação do prefeito Helil Cardozo, a criar um grupo de trabalho visando a restauração completa do prédio, tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) na década de 1970.
A belíssima Igreja Matriz de São João Batista foi tombada pelo Iphan na década de 70 | Foto: Divulgação
A belíssima Igreja Matriz de São João Batista foi tombada pelo Iphan na década de 70 | Foto: Divulgação
“De longe, se consegue avistar uma árvore crescendo ao lado da torre da Igreja. Um fato triste para quem conhece a importância histórica desse prédio”, afirma o padre Roberto de Assis. “Internamente, as paredes estão tomadas por infiltrações e mofo. O coro está caindo e teve de ser interditado pela Prefeitura. Algumas imagens sacras tiveram de ser retiradas, pois os suportes de madeira foram destruídos pelos cupins”.
O Centro Histórico de Itaboraí é protegido pelo Instituto Estadual do Patrimônio Cultural (Inepac) e pelo próprio Município, com regras e determinações específicas para novas construções em seu entorno. O local abriga, ainda, a Câmara Municipal, a Prefeitura, o Teatro Municipal e a Casa de Cultura Heloísa Alberto Torres. O prédio da Igreja, construído no século 17, é o mais antigo bem público do Centro.
“Por Lei, a Prefeitura não pode destinar recursos dos cofres públicos para a reforma da igreja, que pertence à Arquidiocese”, explica o historiador Cláudio Rogério, presidente da Fundação Cultural de Itaboraí. Mas compete ao Município promover a proteção do patrimônio histórico–cultural local, observadas a Legislação e a ação fiscalizadora federal e estadual”.