Rio -  O estudo que serviu de base para a privatização do Maracanã destina aos clubes defutebol a renda de apenas 40 mil lugares do estádio, 53,66% do total. Outras 28.974 cadeiras,entre elas as dos espaços mais caros, seriam exploradas pelo concessionário. Os clubes teriam menos lugares para vender que no Engenhão.
As "donas" do Maracanã ficariam com o dinheiro da venda de camarotes corporativos, assentos premium e assentos de temporada: estes permitirão ao torcedor acompanhar os jogos de seu time durante o ano.
A Odebrecht, que detém 90% do consórcio vencedor, não quis confirmar se a divisão foi mantida no projeto aprovado. O Informe apurou no governo do Estado que a proposta integra o plano de negócios do concessionário.
Elaborado pela IMX , empresa de Eike Batista que integra o consórcio, o estudo admite a elitização do estádio. Diz que os clubes serão favorecidos pela “mudança do perfil do público e consequente aumento do valor médio dos ingressos”.
Birita só pra rico
O projeto prevê vantagens para quem ocupar os lugares mais caros: estacionamento exclusivo, acesso privativo ao estádio, esquema de segurança e “serviço de alimentos e bebidas diferenciado”. Propõe até a liberação de bebidas alcoólicas nos camarotes e assentos premium.
Estádios ociosos
O trabalho da IMX propôs a construção de edifícios-garagem nos locais onde estão o Estádio Célio de Barros e o Parque Aquático Julio Delamare. O estudo diz que as instalações têm “baixíssimo índice de utilização”. A afirmação foi contestada pelas confederações de atletismo e de esportes aquáticos.