Rio -  Para o governo do estado, os dois edifícios-garagem do projeto da IMX de Eike Batista para privatizar a gestão do Maracanã poderão destacar a beleza do estádio, apesar de serem mais altos do que as arquibancadas dos centros esportivos Célio de Barros e Julio Delamare, que serão demolidos. Um dos prédios ficará mais afastado do Maracanã do que o parque aquático.
Pelo edital de concessão, os prédios poderão ter 22 metros. São sete metros a mais de altura do que as arquibancadas dos centros de atletismo e natação, como divulgou o Informe do DIA.
A IMX informou que o projeto foi baseado em estudos e premissas do governo e que as imagens divulgadas servem como referência para quem vencer a licitação.
“Principalmente no que se refere ao Júlio Delamare, em que as arquibancadas são muito próximas do Maracanã, haverá ganho sensível de visibilidade do estádio”, diz o secretário de Estado da Casa Civil, Regis Fichtner.
Neste caso, o prédio com as vagas ficará na esquina da Avenida Maracanã com a Rua Mata Machado, na descida do viaduto Oduvaldo Cozzi. Quanto ao heliponto previsto para ser construído acima do gabarito de 22 metros, segundo ele, “a cota é desprezível do ponto de vista visual, e suas dimensões são pequenas, de forma que não há impacto”.
Os edifícios-garagem dividem opiniões. Vizinho do estádio, Vinícius Aragão acha que “poderiam construí-los na Quinta da Boa Vista, por exemplo”. Mas frequentadores que moram em outros bairros comemoram.
“Ir de carro vai ser mais confortável. Antes, tinha que estacionar longe e caminhar muito até o Maraca”, conta o fisioterapeuta Raphael Carvalho, 29, morador de Laranjeiras.