sábado, 18 de maio de 2013

Desarticulada quadrilha que fraudava Imposto de Renda em São Paulo


Desarticulada quadrilha que fraudava Imposto de Renda em São Paulo

Contadores encaminhavam deduções com valores indevidos. Crime era viabilizado por servidor na Delegacia de Fiscalização

O DIA
Dinheiro apreendido durante a operação
Foto:  Divulgação
São Paulo - A Polícia Federal, em ação conjunta com a Receita Federal, deflagrou na manhã desta quinta-feira a Operação Publicano, para desarticular quadrilha que agia fraudando declarações de Imposto de Renda da Pessoa Física.
Foram cumpridos 4 mandados de prisão contra 3 contadores e 1 servidor da Receita Federal e 7 mandados de busca e apreensão, todos expedidos pela Justiça Federal após solicitação da Polícia Federal. A ação, da qual participam 28 policiais federais e 12 servidores da Receita Federal, aconteceu após duas semanas do término da entrega das Declarações e decorre de um convênio firmado para combater o crime de corrupção e fraudes fiscais.
O inquérito policial iniciou-se com o recebimento de informações da Receita Federal, após a constatação da existência de irregularidades nas declarações de IRPF de diversos contribuintes, de 2010 a 2012. O esquema envolvia contadores que encaminhavam declarações de contribuintes, em sua maioria profissionais liberais, como médicos, dentistas e advogados, com valores indevidos de deduções e despesas médicas e odontológicas, para recolher impostos a menor ou receber restituições indevidas.
A investigação apontou que a fraude era viabilizada por um servidor lotado no setor de Malha Fina da Pessoa Física, na Delegacia de Fiscalização de São Paulo – Defis/SP. Ele monitorava as declarações fraudulentas, evitando que fossem fiscalizadas. Segundo a investigação, há cerca de cinco mil declarações suspeitas. A Receita Federal estima que o prejuízo ao Fisco supere R$ 100 milhões.
Os envolvidos serão indiciados, na medida de suas participações, pelos crimes de corrupção, formação de quadrilha e lavagem de dinheiro, cujas penas podem atingir 29 anos de prisão. A Receita Federal deverá cruzar as declarações investigadas para instruir novas fiscalizações.

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