Estados Unidos -  Os três estudantes universitários detidos por suposto envolvimento nos atentados na Maratona de Boston foram formalmente acusados nesta quarta-feira por obstrução à justiça e de mentir para a polícia durante a investigação. A polícia divulgou nesta quinta-feira uma imagem com os dois acusados ao lado de Dzhokhar Tsarnaev, que foi preso por planejar o ataque com o irmão, que morreu em uma troca de tiros com a polícia.
Foto: Reprodução Internet
Acusados ao lado de Dzhokhar (direita),  preso por planejar ataque | Foto: Reprodução Internet
Segundo as autoridades responsáveis pelo caso, os detidos são Azamat Tazhayakov e Dias Kadyrbayev, ambos de 19 anos e naturais do Cazaquistão, que teriam ajudado Dzhokhar a se desfazer de um computador e de uma mochila; e do cidadão americano Robel Phillipos, também de 19, acusado de mentir para os investigadores. Os três eram estudantes da Universidade de Massachusetts Dartmouth, embora nenhum enfrente acusações por ter participado do planejamento do atentado nem de conhecê-lo de antemão.
De acordo com o processo apresentado hoje perante um tribunal de Massachusetts, teriam tirado e destruído provas do quarto de Dzhokhar no campus universitário que poderiam envolvê-lo no atentado que tirou a vida de três pessoas e provocou ferimentos a outras 280. Os dois cazaques foram detidos no dia 20 de abril por suposta violação de seus vistos migratórios.
Segundo as autoridades, os três estudantes foram ao quarto de Dzhokhar depois que o FBI divulgou o vídeo com as imagens dos supostos autores e se dirigiram depois a um lixão próximo na cidade de New Bedford para se desfazer desses materiais ao suspeitar que seu amigo estava envolvido. Kadyrbayev afirmou durante os interrogatórios que havia destruído os pertences de Dzhokhar "para ajudar seu amigo".
O presidente dos EUA, Barack Obama, defendeu ontem em entrevista coletiva o trabalho "exemplar" das autoridades policiais em relação com o atentado em Boston, diante das críticas que podem ser feitas mais para evitá-lo. O FBI achou DNA de uma mulher em pelo menos uma das bombas utilizadas nos atentados, mas não determinou ainda de quem se trata ou se está envolvida na elaboração dos explosivos. Nesta semana, investigadores federais conversaram com Katherine Russell, a viúva de Tarmelan, e afirmaram que cooperou. 
As informações são da EFE