Rio -  O gás de rua é uma comodidade para consumidores residenciais; opção para evitar o troca-troca de botijão todo mês. Contudo, está mais do que na hora de fazer do gás natural uma oportunidade de diversificar as fontes baratas e confiáveis de energia. Para que o Estado do Rio se desenvolva a todo vapor, é essencial estimular a oferta de gás natural nas regiões que não são atendidas. Hoje, a rede vai a apenas 10% das residências, na maioria em bairros ricos ou de classe média afluente.
O poder público tem um peso decisivo na definição da política energética. O crescimento do uso do gás natural veicular na frota de táxis demonstra bem essa força. É preciso usar esse exemplo para estimular a chegada do gás natural comprimido (GNC) a mais cidades.
Nesse contexto, a Alerj sai na frente, liderando a abertura de frente essencial para o desenvolvimento sustentável e includente do estado. O primeiro passo para isso é o recém-aprovado projeto que autoriza o Executivo a introduzir os estímulos para que CEG e CEG RIO possam levar o gás canalizado a municípios onde não há redes de distribuição.
Os estímulos estabelecidos no projeto deverão eliminar o atual tratamento diferenciado existente entre os clientes de GNC. O princípio de isonomia é assegurado a qualquer cliente das concessionárias que opte por ser suprido diretamente por GNC. E caberá ao Executivo solicitar às concessionárias que apresentem proposta para eliminar a atual diferenciação entre os que estão vinculados a um projeto ponto a ponto de GNC e os que se encontram ligados diretamente a uma rede de distribuição.
Mais do que detalhes técnicos, o projeto aprovado — do qual sou um dos autores — busca assegurar uma política de crescimento. Para decolar, a todo vapor, o Rio precisa do GNC. Não é hora de abrir mão da energia que move o desenvolvimento em bases modernas e sustentáveis, que atenda a número cada vez maior de cariocas e fluminenses. É o Rio, de janeiro a janeiro, com todo o gás.
André Corrêa é deputado pelo PSD e presidente da Comissão de Constituição e Justiça da Alerj