Vivi Seixas toca Raul e quer fazer todo mundo dançar
POR LEANDRO SOUTO MAIOR
“Acham que sou muito louca, mas não é nada disso”, descarta ela. “Até já tive minha fase doida, mas hoje eu malho pra caramba. Não consigo trabalhar virada, por exemplo”.
Vivi Seixas: tatuada e estilosa | Foto: Nathan Thrall / Agência O Dia
Apesar das diferenças, a língua afiada de Vivi Seixas parece ser a mesma do pai. “Tenho raiva do Jesus Luz. Ele tinha tudo para dar certo, mas primeiro tem que aprender a tocar. Eu sou DJ mesmo, toco com vinil”, dispara.
Ela também reclama de coisas que não curtiu no filme "Raul — O Início, o Fim e o Meio", de Walter Carvalho. “Ele entrevistou muita gente nada a ver, como o Pedro Bial, e senti falta de pessoas importantes, como o Jerry Adriani. E rolou muita fofoquinha das ex-mulheres, como se ele fosse um garanhão, coisa que ele não era”, garante Vivi, ressaltando ainda outros pontos que considera serem impressões equivocadas sobre Raul Seixas. “Ele e o Paulo Coelho nunca foram amigos, eles eram apenas parceiros. E meu pai detestava maconha”.
'Na época do meu pai, suas letras eram censuradas.Se fosse hoje, ele ia estar botando pra f...' | Foto: Nathan Thrall / Agência O Dia
Mas ela não tem apenas críticas ao longa. “Tem muitas imagens inéditas ali que eu nunca tinha visto antes. O melhor do filme, para mim, foi ter proporcionado a aproximação com a minha irmã Simone, filha da primeira mulher do meu pai, Edith Wisner”, comemora.
Botando pra ferver
'A gente caçava formigas com pinça. Era muito divertido', diz Vivi sobre o pai | Foto: Arquivo pessoal
Mirando o futuro, Vivi acredita que seu pai, se estivesse vivo, continuaria revolucionando: “Na época dele, suas letras eram censuradas. Se fosse hoje, ia estar botando pra f...!”.
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