a última quarta-feira (17), o FBI informou que uma carta com substância suspeita foi enviada para Barack Obama. A polícia responsável pela segurança do presidente dos Estados Unidos descobriu a correspondência contaminada antes dela chegar às mãos de Obama, por isso o líder político não corre perigo.
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A carta com veneno
A substância que foi colocada na carta é a ricina, uma toxina de origem vegetal que pode levar à morte. O veneno costuma ser encontrado nas sementes de mamona, mas basta uma pequena quantidade equivalente a alguns grãos de sal para matar uma pessoa.
O veneno fatal tem uma ação lenta, por isso o indivíduo contaminado pode levar alguns dias para morrer. Os danos são acarretados principalmente quando a substância é inalada ou injetada. A ricina, quando engolida, afeta o sistema digestivo, mas quase sempre permite que a vítima sobreviva.
A ricina é considerada um poderoso aliado para o terrorismo caseiro, mas ela também já chegou a ser usada como arma química no século XX. A proteína vegetal é fácil de ser obtida, bastando alguns conhecimentos de química para fazer a extração dos resíduos de óleo de mamona. Contudo, como as quantidades são pequenas, o processo pode ser demorado.
O remetente da carta contaminada
Depois de descobrir a existência de uma carta envenenada, o FBI começou a averiguar a origem da correspondência. As investigações realizadas pela polícia levaram ao nome de Paul Kevin Curtis.
O homem acusado de atentado contra a vida do presidente dos Estados Unidos tem 45 anos de idade e trabalha como imitador do cantor Elvis Presley. Ele foi processado formalmente na quinta-feira (18), no estado de Mississipi.
Paul Kevin Curtis é casado, tem um filho e demonstra gostar muito de teorias conspiratórias. Ele alega ter descoberto um esquema milionário de tráfico de órgãos humanos. O ‘terrorista’ também enviou cartas contaminadas para o senador Roger Wicker e para a juíza Sadie Holland.
Curtis postou a correspondência contaminada com ricina em Menphin, no Tennessee. A carta, no entanto, foi interceptada antes de chegar à Casa Branca. Apesar das datas aproximadas, o envio da carta envenenada não tem qualquer relação com as bombas acionadas na maratona de Boston.
Não é a primeira vez que uma carta contaminada com veneno é enviada para uma autoridade. Em 2004, o Senado e a Casa Branca também receberam ricina, mas o incidente não resultou em vítimas.
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