Rio -  A trama se passa no Velho Oeste, mas com a presença indispensável do China, neto de nordestino com chinês. Disputado por restaurantes que têm nas happy hours e nos petiscos substanciosos seus carros-chefes, ele recusou proposta do Rio e não deixa seu ‘saloon’ em Nova Iguaçu. É o verdadeiro xerife do bar Sheriff, governando cozinha que não nega fogo nem sabor.
Tendência nos bares de diferentes freguesias, as cervejas especiais e importadas tomam conta do cardápio. São mais de 100, porque cowboy que se preza não passa sem um trago. Que tal uma Urquell ao lado da fogueira? A primeira cerveja pilsner, produzida desde 1842 na atual República Tcheca, é excelente companheira para o prato que tem a forma de madeiras em brasa. Um pequeno vulcão chamado Cavalona do Sheriff: filé em pedaços grelhado no molho madeira, coberto de ‘toras’ de aipim, muçarela, bacon, tomatinhos e salsa no enfeite (R$ 48,90).
Cavalona do Sheriff: prato com formato de vulcão é um dos destaques da casa | Foto: João Laet / Agência O Dia
Cavalona do Sheriff: prato com formato de vulcão é um dos destaques da casa | Foto: João Laet / Agência O Dia
China cria também os nomes das receitas. E recomenda para o jantar o Filé Cowboy: dois nacos graúdos de carne recheados com queijo e presunto, molho madeira com ervas, batatas-fritas e arroz à piemontese, ou de brócolis (R$ 45,90). As pizzas vêm em sabores como Sorrento, com molho de tomate, alho poró e gorgonzola, e as empadas destampadas são monumentos que podem ser divididos, de carne seca, frango e camarão, sempre com queijo cremoso (R$ 9,50 a unidade). Para os ‘forasteiros’ do interior, o metro enrolado de linguiça mineira, com cebola e molho honey mustard, sai por R$ 19,90.
Em noite de terça-feira tem ‘bandaokê’ no palco montado na varanda, onde cantores sertanejos sobem às quintas e nos outros dias tem voz e violão (menos domingo e segunda). Há 17 anos como cozinheiro profissional, formando cardápios e treinando equipes de redes como Devassa e Habib’s, o simpático China faz questão de passear pelo salão e ouvir os fregueses. “Se algo não agrada, levo de volta para acertar as coisas na cozinha”, diz China. E mantém no laço a freguesia.