Suspeito de mandar carta com veneno para Obama é preso, diz agência
Correspondência tem relação com envelope enviado a um senador. Ambas continham a mensagem: 'Ver um erro e não expô-lo é tornar-se cúmplice silencioso de sua continuação'
Os pacotes para o senador republicano Roger Wicker e para Obama foram interceptadas em instalações exteriores do correio do Capitólio (sede do Congresso americano) e da Casa Branca.
Foto: EFE
País assombrado pelo terror
A descoberta das duas correspondências acontece em meio ao choque do país com o ataque à Maratona de Boston, que deixou três mortos e quase 180 feridos na segunda. Ainda não há evidências de conexão entre os incidentes.
A carta ao Senado, endereçada ao senador republicano Roger Wicker, do Mississippi, foi interceptada no prédio do correio localizado no condado de Prince George, perto de Washington, segundo o senador Dick Durbin, de Illinois, membro da liderança democrata no Senado.
Substância tóxica
A ricina é uma substância altamente tóxica derivada da mamona. Pouco menos de 500 microgramas - quantidade com o tamanho da cabeça de um prego - pode matar um adulto. Não há nenhum teste específico pela exposição e nenhum antídoto para uma eventual contaminação.
O veneno pode ser produzido de forma fácil e barata, e autoridades em vários países investigaram vínculos entre suspeitos de extremismo e a ricina. De acordo com especialistas, a substância é mais efetiva em indivíduos do que uma arma de destruição em massa.
A ricina foi usada no assassinato do dissidente búlgaro Georgi Markov, em 1978. O autor, que havia desertado do regime comunista do país nove anos antes, foi contaminado pela ponta de um guarda-chuva enquanto esperava por um ônibus em Londres e morreu quatro dias depois da exposição à substância.
Entre os senadores havia uma misto de apreensão e estima em relação aos protocolos de segurança - em vigor desde que cartas com anthrax começaram a ser enviadas após os ataques do 11 de Setembro .
As cartas com anthrax enviadas em 2001 começaram a aparecer em correios, redações e nos gabinetes do então líder da maioria Tom Daschle e do senador Patrick Leahy. Dois prédios do Senado foram fechados durante a investigação naquela ocasião. Ao todo, cinco morreram e outros 17 ficaram contaminados.
As informações são da IG
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