Rio -  A SuperVia foi condenada a pagar 340 salários mínimos (R$ 230,5 mil) à dona de casa Dalva Benevides, 65, cuja filha, Cristine Magella, 34, morreu ao cair de um trem que trafegava de portas abertas em 2008.

A sentença, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), foi dada pelo ministro Paulo de Tarso e não cabe mais recurso. “Não atenua a dor da perda, mas é uma justa sentença por danos morais”, diz a advogada de Dalva, Renata Cruz.

Já Carlos Alberto Moraes Rosa, que caiu sexta-feira de um trem em Santa Cruz, vai processar a concessionária e o Hospital Albert Schweitzer, em Realengo.
Primeiro dia sem vans em 11 bairros deixou as estações do Metrô, como a Central, superlotadas nesta segunda | Foto: João Laet / Agência O Dia
Primeiro dia sem vans em 11 bairros deixou as estações do Metrô, como a Central, superlotadas nesta segunda | Foto: João Laet / Agência O Dia
No dia do acidente, a vítima recebeu alta, apesar de cinco fraturas e hemorragia no pulmão. Os ferimentos foram detectados em hospital particular.

Mais caos nos trens e no metrô

Passageiros de trens e do metrô enfrentaram mais uma maratona de transtornos nesta segunda-feira, justamente no dia em que as vans foram proibidas de circular em 11 bairros.

Falhas no sistema de energia, de sinalização e outros problemas técnicos fizeram com que várias composições da SuperVia ficassem paradas em estações, provocando atrasos de quase uma hora em alguns pontos.

No metrô, por volta de 10h40, problema técnico deixou uma composição da Linha 2 parada por cerca de 12 minutos entre as estações do Flamengo e Botafogo, desencadeando atrasos nos intervalos, só acertados depois das 11h.

Ainda pela manhã, usuários do Teleférico do Alemão, administrado pela SuperVia, também precisaram de ter muita paciência.Uma pane no abastecimento de energia deixou o equipamento fora de operação por pelo menos sete horas.

A Light só conseguiu resolver o problema no meio da tarde. A SuperVia garantiu que os passageiros foram orientados sobre a situação pelos sistema de som das gôndolas e desceram com segurança nas estações.

A empresa informou que picos de energia também desencadearam paralisações de trens na Central do Brasil e Deodoro. Antes, outros dois ramais da concessionária já tinham tido problemas, em Santa Cruz e Saracuruna.

Em menos de sete dias, a SuperVia registrou três descarrilamentos na Central do Brasil. A Agetransp informou que abriu boletim de ocorrência para apurar as falhas nos ramais da SuperVia e Metrô Rio.

Questionada pelo DIA, a Agetransp não respondeu quanto já emitiu de multas — e quantas foram pagas — relativas a falhas operacionais nas malhas das duas empresas. A assessoria do órgão alegou que precisa de tempo para fazer o levantamento.