São Paulo -  Após os atrasos do primeiro dia, o segundo dia do julgamento do ex-policial Marcos Aparecido dos Santos , o Bola, começou no horário previsto nesta terça-feira, em Contagem, região metropolitana de Belo Horizonte. Por volta das 9h20, a juíza Marixa Fabiane Rodrigues, que preside os trabalhos, pediu aos PMs que escoltassem o réu ao salão do júri.
Foto: Divulgação
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De acordo com o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), a sessão foi retomada com novas oitivas. O primeiro a ser ouvido é o detento Jaílson Alves de Oliveira, que foi ouvido nos outros júris do caso. Ele chegou a dividir a cela com Bola e denunciou ter ouvido uma confissão sobre a morte de Eliza Samudio.
No primeiro dia, ficou clara a estratégia da defesa de apontar falhas nas investigações para tentar livrar seu cliente da condenação . A situação do réu se complicou depois que o ex-goleiro Bruno Fernandes de Souza admitiu ao júri que o condenou, em março passado, que Luiz Henrique Romão, o Macarrão, levou a amante de Bruno para ser morta por Bola. O ex-jogador foi condenado a 22,3 anos de prisão por ter encomendado o crime. Macarrão pegou 15 anos por ter confessado parcialmente seu envolvimento na trama.
Bola está sendo julgado no Fórum de Contagem (MG) desde a manhã. Logo no início dos trabalhos, o advogado dele, Ércio Quaresma, pediu o adiamento do júri, alegando cerceamento de defesa pela ausência de testemunhas e que seu cliente deveria ser julgado na comarca de Vespasiano, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, onde Eliza teria sido morta. A juíza Marixa Rodrigues indeferiu o pedido.
Posteriormente, no único interrogatório do dia, Quaresma questionou a delegada Ana Maria Santos, que conduziu o caso na fase policial, por não indiciar outros nomes mostrados pela quebra do sigilo telefônico dos envolvidos. Ele se referia especialmente ao policial José Lauriano, o Zezé, cujo número teria aparecido diversas vezes nas 50 ligações recebidas por Macarrão nos dias que antecederam o crime, assim como o de Bola. Ana Maria respondeu que ele não foi indiciado porque, na época, não havia elementos suficientes, embora ele tenha sido interrogado.
As informações são do iG