Inglaterra -  Pressionado após ter seu nome ligado a escândalo de corrupção, João Havelange renunciou ao cargo de presidente de honra da Fifa. O anúncio foi feito nesta terça-feira pelo alemão Hans-Joachim Eckert, presidente do Comitê de Ética da entidade, mas Havelange havia renunciado há duas semanas, poucos dias antes da finalização quando do relatório que investigou os envolvidos no "Caso ISL".
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Havelange, à esquerda, foi obrigado a deixar a Fifa, enquanto Blatter foi inocentado | Foto: Divulgação
Além de Havelange, seu genro e ex-presidente da CBF, Ricardo Teixeira, e o paraguaio Nicolás Leoz, da Conmebol, teriam recebido propinas, segundo o relatório do Comitê de Ética. O documento concluiu que os subornos foram pagos pela empresa de marketing ISL, entre 1992 e 2000, quando não havia ainda um código de conduta na Fifa. Esse detalhe, segundo Eckert, faz com que qualquer outra recomendação - além do afastamento - não tenha efeito no momento. O primeiro código de ética da Fifa foi criado em 2004.

O fato de os três envolvidos terem deixado seus respectivos cargos, ainda de acordo com Eckert, "encerra os trabalhos do Comitê de Ética relativos à questão". Joseph Blatter, atualpresidente da Fifa, que também foi investigado, acabou inocentado. O relatório diz que o dirigente não causou malefícios à instituição. No entanto, sua conduta foi considerada "desajeitada".