Rio -  Um roubo a um posto de combustíveis terminou quatro suspeitos baleados, um preso e um menor apreendido, na noite desta quarta-feira, na Estrada Francisco da Cruz Nunes, em Itaipu, na Região Oceânica de Niterói. Houve perseguição de cerca de cinco quilômetros e troca de tiros. Dois menores de idade e dois homens estão internados no Hospital Estadual Azevedo Lima (Heal), no bairro do Fonseca.
De acordo com o subtenente Marcos Vasconcelos, do 12º BPM (Niterói), por volta das 22h, funcionários do posto de combustíveis acionaram uma viatura que passava pela estrada, logo após o estabelecimento ter sido roubado por sete homens armados, a bordo de um Fiat Siena preto. Os criminosos conseguiram fugir atirando após receber ordem de parar. A viatura em que o oficial estava foi atingida por dois disparos - um no capô e outro no giroscópio).
Outras cinco viaturas se envolveram na perseguição a quadrilha. Houve novos confrontos durante o trajeto. O grupo só foi interceptado cerca de cinco quilômetros depois do estabelecimento, na altura do cemitério Parque da Colina, em Pendotiba. Com os pneus furados, o motorista perdeu o controle do Siena e bateu em um outro veículo. Um dos e bandidos conseguiu fugir atirando contra os PMs. Nenhum policial se feriu.
Dois menores de 17 anos foram baleados na perseguição, além de Dênis de Oliveira Barbosa, de 19 anos, e Mateus de Sá Viana, 18. Eles foram socorridos no Heal. Segundo os PMs, eles não correm risco de morrer. Um menor de 16 anos e Ian Freitas Santos, 18, foram levados para a 77ª DP (Itaipu), central de flagrantes da região, onde o caso foi registrado. Todos os envolvidos são moradores de comunidades de Niterói. Um dos menores é sobrinho do ex-chefe do tráfico de drogas no Morro do Cavalão, na Zona Sul do município, segundo a PM.
Além do veículo roubado usado pela quadrilha, os PMs apreenderam uma pistola calibre 9mm, um revólver calibre 38, quatro telefones celulares, um pacote com dez maços de cigarro e R$ 178 em dinheiro.
O frentista Márcio Cleice Rodrigues, de 31 anos, que trabalha no posto há um ano, contou que os bandidos abasteceram o carro, pagaram e depois anunciaram o assalto. Os marginais estavam nervosos. "Eles tentaram tirar a minha aliança, mas não conseguiram e eu mesmo entreguei a jóia a eles. Tinham vários menores no grupo", descreveu o funcionário, o primeiro a ser rendido na ação.
Em seguida o grupo invadiu a loja de conveniência do estabelecimento. A caixa Sabrina Ferreira Ribeiro, de 18 anos, contou que os bandidos ficaram irritados quando a porta de entrada travou. Ela teve o celular roubado e relembrou os momentos de tensão. "Um deles ameaçou atirar em mim. Foi a primeira vez que passei por uma situação dessas. Nunca imaginei isso", disse a funcionária ainda surpresa.