Piloto da Core é acusado de vender falso pacote de aulas e sumir com dinheiro de alunos
POR CHRISTINA NASCIMENTO
Com isso, os alunos que chegaram a fazer aulas de voo no helicóptero, modelo Robinson 22, prefixo PT-HFI, não conseguiram lançá-las na Caderneta Individual de Voo (CIV) — onde são anotados registros de voo.
O caso somente veio à tona agora porque o grupo lesado temia o fato de Ronaldo ser policial.
“Paguei parte em dinheiro e a outra, em cheque. Chegamos a voar 20 horas, mas não adiantou pra nada, porque a Anac não reconhece. Ainda o procuramos várias vezes. Ele fez uma reunião e prometeu que iria devolver o dinheiro. Pedimos, inclusive, que primeiramente fosse pago a um aluno que tinha problemas financeiros. Ele falou que faria isso, mas, em seguida, sumiu do clube”, afirmou Buzelin.
Segundo o advogado, que assina a notícia-crime recebida ontem pelo MP, há informações de que uma senhora chegou a perder R$ 60 mil, referente a 100 aulas de voo compradas para o neto.
Na denúncia, no entanto, são citados outros valores de alunos que tiveram prejuízo: R$ 7.540; R$ 3.380; R$ 9.815; R$ 7.150; R$ 5.850 e R$ 2.665.
"Meu pai está sendo alvo de perseguição"
A promotora Christiane Monnerat, da 19ª Promotoria de Investigações Penais, disse que os alunos lesados serão ouvidos até a próxima semana. Segundo ela, que foi ao clube para obter mais informações, o policial se tornou sócio do local já com intenção de agir de má-fé.
“Isso caracteriza estelionato. No caso, vários, porque muitas pessoas foram lesadas”, afirmou a promotora. O filho do piloto da Core, Ronaldo Ney Junior, afirmou que trata-se de uma armação contra o pai.
“Isso não existe. Meu pai estava tentando ajudar uma pessoa que estava montando uma escola de aviação. Os senhores pagaram ao dono do helicóptero, que, se não me engano, chama-se Marcos. Meu pai está sendo alvo de perseguição ”, explicou o filho.
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