Personal dancer: para não ficar sozinho na pista
Mulheres casadas e solteiras contratam dançarinos de aluguel para aprender passos, ter companhia em bailes e evoluir com categoria pelos salões do Rio
O personal dancer Adriano Monteiro com Danielle, uma de sua clientes. Ele garante profissionalismo total: muitos passos, mas sem paqueras | Foto: André Mourão / Agência O Dia
A profissão pode parecer nova, mas existe desde o início do século 19. “Naquela época, poucas moças de família podiam dançar nos clubes. Por isso, os responsáveis pelos salões contratavam mulheres para dançar com os homens nas ocasiões sociais”, diz o professor. Como o mundo dá voltas, tal qual um bailado, agora são as moças modernas que se veem sem companhia.
“Ele sabe que o ambiente é diferente de uma boate. Nos bailes não tem aquela paquera agressiva, o pessoal vai mesmo para dançar”, esclarece a moça, que está aprendendo passos em casas noturnas em Copacabana e na Lapa. “Tem mais gente jovem”, destaca Vanessa, que acha mais seguro dançar com o personal do que com um estranho.
Jeitosos com as parceiras de dança, mestres como Paulo Henrique Alves dão um baile | Foto: André Mourão / Agência O Dia
Há dois anos tirando as moças para dançar, o personal dancer Adriano Monteiro diz que faz de tudo um pouco. “Às vezes a gente mais conversa do que dança”, diz o rapaz de 25 anos, que garante que não tem paquera com as alunas. “É profissional”, afirma o dançarino, que arrisca uma promessa. “Quem contrata um personal dancer, vai dançar muito. É garantido”.
Oportunidadede eventos até no exterior
O mercado para dançarinos de aluguel é promissor. Especialmente para os homens. Florião aponta que, para cada 50 personal dancers, só existe uma mulher na função.
“A demanda de homens é muito maior”, pontua. Mas, quem pensa que qualquer pé de valsa pode se aventurar a cobrar os R$ 150 por cerca de quatro horas de serviço, está enganado. “O mercado está exigente. Tem dançarinos que falam inglês, são pós-graduados, e até vão ao exterior para participar de eventos com suas contratantes”, garante Florião, que vê as mulheres mais novas cada vez mais interessadas. “Elas já são 20% do mercado”, conclui.
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