Paraguai - Eleito presidente do Paraguai domingo, o megaempresário Horacio Cartes recebeu ontem telefonema da presidenta Dilma Rousseff telefonou. Além de cumprimentá-lo pela vitória de 46% nas urnas, ela manifestou a disposição de recompor as relações entre Paraguai e o Mercosul.
Em junho, o país foi suspenso do Mercosul devido ao impeachment do então presidente Fernando Lugo, que domingo conseguiu se eleger senador. O Uruguai já convidou Cartes para a reunião de cúpula do Mercosul, em junho. No evento, os líderes da União de Nações Sul-Americanas (Unasul) farão encontro paralelo para discutir a situação do Paraguai.
Cartes, que teria 26 empresas, algumas de tabaco e álcool, foi eleito pelo Partido Colorado, com 46% dos votos | Foto: EFE
Cartes, que teria 26 empresas, algumas de tabaco e álcool, foi eleito pelo Partido Colorado, com 46% dos votos | Foto: EFE
Cartes precisará garantir que a democracia no Paraguai será mantida, para o país voltar ao bloco. Além disso, terá de aceitar a Venezuela como novo interante do Mercosul.
Quando o Paraguai foi suspenso, Brasil, Uruguai e Argentina oficializaram a entrada da Venezuela. O país de Hugo Chávez não havia entrado para o bloco porque o Congresso paraguaio era o único que não aprovava o ingresso da Venezuela.
Rico e membro do conservador Partido Colorado, Cartes assume o governo paraguaio após um período de quatro anos de liberais no poder. Em 2008, os colorados perderam a presidência para aliança encabeçada por Lugo.
Ao final da contagem de votos, domingo, o conservador obteve 45,91% contra 36,84% do adversário Efraín Alegre, do Partido Liberal. No país não há 2º turno. A eleição de Lugo ao Senado é uma ‘ressurreição’ do ex-bispo católico, que sofreu impeachment ano passado, num processo apoiado por colorados e liberais.