Bolívia -  O presidente da Bolívia, Evo Morales, anunciou nesta quinta-feira que seu Governo analisará a permanência da embaixada dos Estados Unidos em seu país, após as supostas declarações do secretário de Estado americano, John Kerry, nas quais se referiu à América Latina como o "quintal" de Washington. "Por estas declarações (...) internamente vamos ter de analisar seriamente a presença da Usaid (a cooperação americana) e a presença da embaixada", disse Morales em entrevista coletiva, antes de viajar para Lima para uma reunião da União das Nações Sul-Americanas (Unasul) sobre a situação na Venezuela após o pleito do domingo.
Morales assinalou que as declarações de Kerry são "uma aberta provocação" aos integrantes do bloco bolivariano Alba e "aos países com dignidade, (que) com muito orgulho se libertaram como Brasil, Argentina e outros países da América Latina, onde já não há bases militares dos Estados Unidos". O presidente boliviano acrescentou que se reunirá com seus ministros da área política para analisar a situação da embaixada e a cooperação americana em seu retorno de Lima e Caracas, aonde viajará após a reunião da Unasul para participar na sexta-feira à posse de Nicolás Maduro.
O governante já expulsou em 2008 o então embaixador dos EUA, Philip Goldberg, a quem acusou de conspirar com opositores para derrocá-lo, algo que Washington sempre negou. Desde então, não existe uma relação entre ambos os países em nível de embaixadores, apesar de nos últimos meses terem dialogado para repô-los, até o momento semsucesso.
As informações são da EFE